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'Folhinha' refaz a reportagem de capa de sua primeira edição
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BRUNO MOLINERO
COLBORAÇÃO PARA A FOLHA
Hoje em dia, quando um menino resolve medir o pescoço da girafa, o zoológico é o primeiro a contrariá-lo. Os biólogos não deixam ninguém chegar perto da corajosa Mel, do desconfiado Palito, da séria Sapeca ou da delicada Safira. Se o visitante estiver com uma régua, então, nem pensar!
Compare mudanças ocorridas na 'Folhinha' e no Brasil em 50 anos
Leia a primeira reportagem de capa da 'Folhinha', sobre pescoço da girafa
"É por motivo de segurança. Sabia que a girafa tem o coice mais perigoso do reino animal?", pergunta Amanda Alves, bióloga do Zoológico de São Paulo.
Mas nem sempre foi assim. Em 1963, há quase 50 anos, a primeira edição da "Folhinha" convidou Marcelo a reunir toda a coragem dos seus quatro anos para medir o pescoço de Chuca, filhote de girafa que tinha quase a mesma idade. Com cinco anos, ela morava no zoológico naquela época.
Folhapress | ||
Acima, imagem do zoológico em dezembro de 2012; abaixo, imagem de 1963 |
No começo, ele ficou assustado, é verdade. Nunca tinha visto um bicho tão grande quanto aquele. Mas, quando a girafa abaixou toda dengosa, o menino esqueceu o medo. Com uma trena (um tipo de régua) na mão e uma ideia na cabeça, Marcelo gritou: "Nossa! Um metro e quarenta tem o pescoço dela".
Atualmente com 53 anos, Marcelo Miranda ainda se lembra desse dia. "Eu gostava mais do leão. Mas ficar cara a cara com a Chuca foi divertido. Ela não parava quieta", conta.
"E vou contar um segredo: eu não medi nada. Coloquei a trena no pescoço dela, mas não consegui ver. Foi o pessoal do zoo quem falou o tamanho certo depois", relembra.
Isso também mudou. Hoje, nem o pessoal do zoo tem ideia de quanto mede o pescoço das girafas. "Para descobrir isso, teríamos que treiná-las por, no mínimo, dois meses", diz a bióloga. "Sem uma preparação, elas ficariam estressadas perto da trena ou da escada, por exemplo."
Chuca, que foi homenageada pela "Folhinha" cinco anos depois, quando morreu, não tinha esse problema. Mas, se ela abaixava o pescoço com a "paciência de girafa acostumada com a imprensa"e tinha "a classe de um manequim francês", como dizia a reportagem da época, suas parentes de hoje têm são desconfiadas.
É o caso de Safira, que também tem quatro anos, mas não a coragem de Marcelo. Enquanto o menino encarava Chuca, ela foge quando vê uma máquina fotográfica. Imagine se fosse uma régua...
2013 vai dar o que falar
Como eram os leitores da "Folhinha" à época da sua estreia, em 1963? Como são as crianças que hoje leem o caderno? Nas últimas cinco décadas, o que mudou na infância e na mídia feita para ela? E daqui a 50 anos?!
Não vai faltar assunto para a "Folhinha" em 2013, quando completa meio século. E aqui vai o primeiro convite: Escreva para folhinha@uol.com.br e conte a sua experiência com o caderno.
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