Não acredito no que estou vendo… Ou melhor, lendo. Será que é de verdade?

Meu coração disparou. Na véspera do Natal, recebi um envelope misterioso. Uma carta. Isso mesmo, uma CARTA (24 de dezembro). O remetente é do Polo Norte! Fico imaginando como ela veio parar no Brasil.

Como chegou até aqui?

De pombo-correio…

Avião…

Trem…

Navio…

De rena…

Minha imaginação foi a mil.

E se foi com todos esses meios de transporte? Que viagem imaginar o passo a passo para chegar até aqui.

Mas, peraí, há muito e muito tempo que não mando uma carta para o sr. Noel. Será que é uma carta de reclamação?

O sr. Noel tem tempo para escrever carta? Será que tem câmeras para ver se as pessoas têm bom comportamento?

Por que não me enviou uma mensagem pelo celular, pelas redes sociais ou por email? Por que não colocou um anúncio no jornal?

Ah, já sei, estava esquecendo: o sr. Noel tem muitos ajudantes, assistentes. Já estava me esquecendo desse negócio de espírito natalino.

Será que ele vai reclamar que, daquela última carta que enviei, ganhei o tal videogame com que tanto sonhei, e que, agora, anos depois, ainda não tive tempo para sequer escrever uma carta de agradecimento?

Vai reclamar que esse ano não assisti nenhum filme de natal na TV?

Que não participei do concurso de desenho da escola, para desenhar o Papai Noel?

Ou que falei para minha irmãzinha que ele não existe?

Pela caligrafia impecável no envelope, parece ser o próprio… Estou com mais medo de abrir essa carta do que de ver o boletim escolar.

Vamos lá, hora de abrir a tal carta.

Abri…

Um papel em branco. Um selo oficial do sr. Noel. E outro envelope.

O que o sr. Noel quer comigo?

Será que está me trollando?

Testando?

Que mistério.

Preciso de ajuda para desvendar. O que o sr. Noel quer comigo? Vocês podem me ajudar? Por onde começar? Alguma pista?