Mesmo depois de mais de 100 anos de seu naufrágio, o navio Titanic ainda desperta curiosidade nas pessoas —tanto é que o filme, baseado na tragédia de 1912 e com Leonardo DiCaprio e Kate Winslet nos papéis principais, vai voltar ao cinema este ano, em edição comemorativa.
E, embora todo mundo conheça a história do Titanic, seja pelo filme, seja pela internet, são poucos os que sabem seus detalhes. A pergunta de hoje trata destes pormenores, e quem responde a ela é o engenheiro naval Jordi Mas-Soler, docente da Escola Politécnica da USP (Universidade de São Paulo).
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Por que o Titanic afundou?
Alexandre O. P. V., 7 anos
Quando um navio é lançado ao mar ele passa a ocupar um volume onde deveria haver água, e o volume de água deslocado provoca uma força sobre o navio. Este princípio foi descoberto pelo cientista grego Arquimedes, que deu o nome de empuxo à força exercida pelo volume de água deslocado.
Assim, o luxuoso transatlântico flutuava porque o empuxo era igual ao seu peso. Naturalmente, estamos falando de um peso muito grande, de quase 52.300 toneladas, o que equivaleria a mais de 7.600 elefantes!
Mas, como foi possível que o Titanic naufragasse durante a sua viagem inaugural se ele tinha fama de ser impossível de afundar? Essa fama tinha suas razões, pois ele foi construído de maneira que era dividido em partes separadas, chamadas de compartimentos.
Assim, se a água inundasse um compartimento, ela não seria capaz de inundar o seguinte, garantindo um empuxo suficiente para manter o Titanic flutuando.
Porém, o choque do Titanic com o iceberg foi tão grande que afetou vários dos compartimentos, que rapidamente ficaram inundados. Nesse momento, a parte dianteira do Titanic ficou ligeiramente afundada, condição que possibilitou que a água fosse passando pelos vãos existentes entre o teto e as paredes que separavam os compartimentos.
Assim, os compartimentos restantes foram inundados progressivamente até provocar o naufrágio do transatlântico. Embora o acidente do Titanic tenha sido uma tragédia, resultou em numerosos aprendizados que ajudam a construir navios mais seguros atualmente.
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