No próximo dia 25, a cidade de São Paulo vai completar 469 anos. Ela é a quinta cidade mais antiga do Brasil, e a mais populosa de todas, com mais de 12 milhões de habitantes.
Sendo assim tão cheia de passado e de gente, é natural que muitos dos paulistas tenham boas histórias com ela —o escritor Mauro Calliari é um deles.
Nascido e criado na capital paulista, ele, que é colunista da Folha, lança neste mês "São Paulo" (Edições Barbatana), um livro em formato sanfona, quadradinho, e que se parece muito com os guias de turismo que todo mundo usava antes de inventarem a internet.
O livro entra em pré-venda nesta quarta (18), e será enviado aos compradores a partir do dia 26.
Mauro é administrador de empresas, mestre em urbanismo e doutor em história do urbanismo pela FAU-USP (Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo).
Em "São Paulo", ele comenta pontos legais da cidade para passear, comer e ver coisas bonitas. Estão lá, por exemplo, bons lugares para ver o pôr do sol, curiosidades sobre a avenida Paulista, e coisas gostosas que são vendidas nas feiras de rua, como pasteis e caldo de cana.
As ilustrações de "São Paulo" são da Irena Freitas, que nasceu em Vitória, no Espírito Santo, e hoje mora em Manaus.
"Uma coisa que eu gostava muito quando ia a São Paulo, criança, era ir nas lojas de papelaria japonesas da Liberdade. Mas a gente ia bastante em teatro infantil também, eu lembro que tinha sempre peça para criança no Shopping Higienópolis", conta Irena.
A Folhinha fez algumas perguntas para o paulistano Mauro para saber mais da sua relação com a cidade, e convida os leitores que conhecem e amam São Paulo a também responderem ao mesmo questionário. Que tal depois comparar as suas respostas com as respostas dos amigos?
Em que lugar de São Paulo você nasceu?
Quando nasci, meus pais moravam na avenida Nove de Julho, em frente à praça 14-Bis.
Qual era seu lugar favorito de SP quando você era criança?
Um lugar especial da minha infância era uma ruazinha de um quarteirão em frente de casa. Os meninos se encontravam todas as tardes para jogar futebol. Todo mundo era "ão": o Serjão, o Silvião, o Pedrão e... meu irmão!
O jogo só acabava quando a mãe de alguém vinha chamar para tomar banho, ou quando a bola caía no quintal da casa de um homem bravo que nunca as devolvia.
Em que bairro você mora agora?
Morei em vários bairros da cidade e hoje moro em Pinheiros.
O que seu bairro atual tem de mais legal e o que tem de menos legal?
Eu gosto de morar em Pinheiros. Ali tem o Mercado de Pinheiros, a Livraria da Travessa, o Sesc, o CineSala, muita gente na rua e nos bares, e estação de metrô bem pertinho. Eu só não gosto do trânsito, muito carro e moto fazendo barulho e fumaça a todas as horas do dia.
Qual seu lugar favorito para comer em SP?
Eu gosto muito de comer fora, em São Paulo. O pastel de queijo com caldo de cana na feira, o bolinho da Dona Shoshana no Bom Retiro e qualquer coisa no Ritz.
E qual é seu museu favorito?
Eu gosto dos museus que ficam na Paulista, dá para a gente andar entre o IMS [Instituto Moreira Salles], o MASP, a Casa das Rosas. Fora dali, tem um de que eu gosto muito, que é o Museu da Casa Brasileira, que mostra coisas do cotidiano de outras épocas.
Conte qual é seu parque preferido em São Paulo e por quê.
Eu gosto muito dos parques de São Paulo, mas o meu favorito é um pequenininho, o Bosque do Morumbi, que tem uma mata bem fechada, um laguinho e uma simpática trilha de terra ao redor.
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