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28/09/2012 - 05h43

Crítica: Denso e original, filme une suspense a um dilema moral

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ALEXANDRE AGABITI FERNANDEZ
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

A ficção científica tem sofrido nas produções recentes de Hollywood com roteiros esquemáticos que resultam em filmes desprovidos de qualquer sutileza.

Joseph Gordon-Levitt faz papel de Bruce Willis mais novo em "Looper"

Não é este o caso de "Looper - Assassinos do Futuro", terceiro longa do diretor e roteirista Rian Johnson.

Denso e original, o argumento recebe tratamento de filme de ação e levanta um dilema moral, algo pouco usual no gênero. O filme também marca o retorno de Bruce Willis à ficção científica.

Em um futuro próximo, o crime organizado usa as viagens no tempo para enviar seus inimigos ao passado com o propósito de serem eliminados por assassinos profissionais, os "loopers", que também se encarregam de fazer com que todos os corpos desapareçam.

Joe (Joseph Gordon-Levitt) é um jovem "looper" que se dedica a acumular todo o dinheiro que ganha para desfrutar uma aposentadoria na França. Mas seus planos começam a desandar quando o sindicato do crime resolve despachar os "loopers" ao passado para serem assassinados por si mesmos.

Longe das inflexões de ator canastrão e brutamontes, Bruce Willis é Joe com algumas décadas a mais, um personagem cansado e vulnerável. Ele retorna ao passado e acaba se confrontando com sua versão mais nova. Mesmo sendo a mesma pessoa, as décadas de experiência de vida entre eles os colocam em campos opostos.

Conhecedor de seu destino, o velho Joe quer evitar que o jovem cometa certos erros que o levarão a um fatídico final, mesmo que isso implique em arruinar o presente do rapaz.
Mas o jovem Joe não parece muito disposto a obedecer. E isso abre espaço a uma série de peripécias e para o drama moral. Quem tem razão? Aquele que quer viver o presente ou o que sacrifica o aqui e agora pensando no futuro?

Johnson trabalha muito bem o suspense, mas as doses de violência --que se aproxima do registro dos filmes "gore"-- são exageradas.

Fora de lugar também está a mãe arrependida (Emily Blunt), cuja presença serve apenas para trazer um pouco de romance, ingrediente desnecessário ao contexto.

LOOPER - ASSASSINOS DO FUTURO
DIREÇÃO Rian Johnson
PRODUÇÃO EUA, 2012
ONDE Anália Franco UCI, Cinemark Iguatemi e circuito
CLASSIFICAÇÃO 16 anos
AVALIAÇÃO bom

 

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