Publicidade
Publicidade
Crítica: Denso e original, filme une suspense a um dilema moral
Publicidade
ALEXANDRE AGABITI FERNANDEZ
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
A ficção científica tem sofrido nas produções recentes de Hollywood com roteiros esquemáticos que resultam em filmes desprovidos de qualquer sutileza.
Joseph Gordon-Levitt faz papel de Bruce Willis mais novo em "Looper"
Não é este o caso de "Looper - Assassinos do Futuro", terceiro longa do diretor e roteirista Rian Johnson.
Denso e original, o argumento recebe tratamento de filme de ação e levanta um dilema moral, algo pouco usual no gênero. O filme também marca o retorno de Bruce Willis à ficção científica.
Em um futuro próximo, o crime organizado usa as viagens no tempo para enviar seus inimigos ao passado com o propósito de serem eliminados por assassinos profissionais, os "loopers", que também se encarregam de fazer com que todos os corpos desapareçam.
Joe (Joseph Gordon-Levitt) é um jovem "looper" que se dedica a acumular todo o dinheiro que ganha para desfrutar uma aposentadoria na França. Mas seus planos começam a desandar quando o sindicato do crime resolve despachar os "loopers" ao passado para serem assassinados por si mesmos.
Longe das inflexões de ator canastrão e brutamontes, Bruce Willis é Joe com algumas décadas a mais, um personagem cansado e vulnerável. Ele retorna ao passado e acaba se confrontando com sua versão mais nova. Mesmo sendo a mesma pessoa, as décadas de experiência de vida entre eles os colocam em campos opostos.
Conhecedor de seu destino, o velho Joe quer evitar que o jovem cometa certos erros que o levarão a um fatídico final, mesmo que isso implique em arruinar o presente do rapaz.
Mas o jovem Joe não parece muito disposto a obedecer. E isso abre espaço a uma série de peripécias e para o drama moral. Quem tem razão? Aquele que quer viver o presente ou o que sacrifica o aqui e agora pensando no futuro?
Johnson trabalha muito bem o suspense, mas as doses de violência --que se aproxima do registro dos filmes "gore"-- são exageradas.
Fora de lugar também está a mãe arrependida (Emily Blunt), cuja presença serve apenas para trazer um pouco de romance, ingrediente desnecessário ao contexto.
LOOPER - ASSASSINOS DO FUTURO
DIREÇÃO Rian Johnson
PRODUÇÃO EUA, 2012
ONDE Anália Franco UCI, Cinemark Iguatemi e circuito
CLASSIFICAÇÃO 16 anos
AVALIAÇÃO bom
+ CANAIS
+NOTÍCIAS EM ILUSTRADA
+ Livraria
- Box de DVD reúne dupla de clássicos de Andrei Tarkóvski
- Como atingir alta performance por meio da autorresponsabilidade
- 'Fluxos em Cadeia' analisa funcionamento e cotidiano do sistema penitenciário
- Livro analisa comunicações políticas entre Portugal, Brasil e Angola
- Livro traz mais de cem receitas de saladas que promovem saciedade
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Alice Braga produzirá nova série brasileira original da Netflix
- Sem renovar contrato, Fox retira canais da operadora Sky
- Filósofo e crítico literário Tzvetan Todorov morre, aos 77, em Paris
- Quadrinhos
- 'A Richard's estava perdendo sua cara', diz Ricardo Ferreira, de volta à marca
+ Comentadas
- Além de Gaga, Rock in Rio confirma Ivete, Fergie e 5 Seconds of Summer
- Retrospectiva celebra os cem anos da mostra mais radical de Anita Malfatti
+ EnviadasÍndice