Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
12/10/2012 - 03h13

'Sorgo Vermelho' marcou geração pós-Revolução

Publicidade

CÁSSIO STARLING CARLOS
CRÍTICO DA FOLHA

O anúncio de Mo Yan como Prêmio Nobel de Literatura trouxe como principal referência para o público ocidental a adaptação de um de seus romances para o cinema em 1987.

Nobel para chinês Mo Yan reforça debate sobre liberdade de criação no país
Novo Nobel já foi desprezado em Frankfurt

"Sorgo Vermelho", filmado pelo cineasta chinês Zhang Yimou (que em 2000 adaptaria "Happy Times", outra obra de Yan), foi um dos títulos que marcaram a emergência da chamada "quinta geração". O termo designou o grupo de diretores que integrou a primeira turma após a reabertura da Escola de Cinema de Pequim.

Com filmes que venceram aos poucos dogmas temáticos e visuais impostos durante o período da Revolução Cultural, entre 1966 e 1976, nomes como Chen Kaige e Zhang Yimou atraíram o interesse ocidental.

"Sorgo Vermelho", filme de estreia de Zhang Yimou, retorna ao norte rural da China nos anos 1920 para narrar uma fábula de sobrevivência que reconstitui a violência dos hábitos culturais impostos à mulher.

Depois de vendida a um velho doente que logo morre, uma jovem tenta sobreviver organizando o negócio na companhia de outras mulheres. Com a invasão japonesa, qualquer projeto de liberdade passa a ser punido com rudeza.

A escolha da vítima feminina retomava uma antiga tradição do cinema chinês, que desde os anos 1920 explorou a carga emocional de melodramas para representar simbolicamente a repressão.

Ao reutilizar a fórmula, o filme foi identificado como manifestação de liberdade, após um período de opressão. Aos olhos ocidentais, porém, a habilidade de explorar simbolicamente as cores num impressionante universo visual é que ficou na memória.

 

Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página