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Coleção Folha apresenta balé 'Dom Quixote'

Sexto volume, com adaptação do clássico de Cervantes, chega às bancas no domingo (25)

Cristiane Martins
São Paulo

Heroísmo, romance e fantasia constituem o balé "Dom Quixote", de Ludwig Minkus (1826-1917), tema do sexto volume da Coleção Folha Concertos e Óperas para Crianças. A edição chega às bancas no próximo domingo (25).

Companhia faz ensaio de uma adaptação de ‘Dom Quixote’ no Theatro São Pedro, em fevereiro de 2016, em São Paulo - Heloisa Bortz/Divulgação

A obra é inspirada em um dos maiores clássicos da literatura, a obra homônima de Miguel de Cervantes (1547-1616). Foi adaptada livremente pelo francês Marius Petipa (1818-1910), que a tornou um trabalho memorável no repertório do balé clássico.

O enredo narra a história de Dom Quixote, um homem excêntrico e recluso, apaixonado pela leitura, especialmente as histórias de cavalaria. Um dia, decidido a tornar-se cavaleiro, convida Sancho Pança, seu criado, para partir em nome de suas próprias façanhas.

A dupla logo conhece Lourenço, dono de uma taberna —a qual Dom Quixote jura ser um castelo— e sua filha Kitri, visualizando-a como sua amada Dulcineia.

O protagonista crê tanto que vive um romance de cavalaria que nem percebe que não vê as coisas como elas realmente são.

Otimista que é, o herói queria percorrer o mundo, revogar a crueldade da humanidade, proteger os fracos e oprimidos.

A imaginação do protagonista é tamanha que esta lhe pregará peças no percurso. Confusões, paixões e inimigos imaginários vão aparecer no destino da dupla.

Seu retrato conquista nossa simpatia e empatia, e assim, desadormece o sonhador que habita dentro de nós.

BAÚ DE TESOUROS

Conto épico que reside no imaginário coletivo universal, "Dom Quixote" enlaça vida real e o universo da fantasia.

A atmosfera burlesca, cheia de aventuras e de música vibrante, influenciou gerações de escritores, cineastas, pintores, músicos.

A obra é vista como um baú de tesouros, cheio de possibilidades dramáticas, daí tantas versões da produção.

O balé de Petipa, por exemplo, estreou em 1869, no Teatro Bolshoi de Moscou. Ele fincou na obra traços hispânicos por meio de cores fortes, vivacidade, jocosidade e destreza.

"Dom Quixote" quebra com a tradição do balé romântico.

Um exemplo disso são as cores intensas dos trajes dos bailarinos: vermelho, preto e amarelo, deixando de lado a imagem celestial costumeira.

Trata-se de um dos balés de maior sucesso e de maior público, ao lado de obras como "O Lago dos Cisnes" e "O Quebra-Nozes". O principal elo entre elas é que conseguem encantar públicos de todas as idades.

No CD que acompanha o volume, a adaptação é interpretada pela Orquestra e Ópera Nacional de Sófia, regida pelo maestro búlgaro Nayden Todorov. A edição traz ao pequeno leitor atividades recreativas e ilustrações do espanhol Pedro José de Arriba.

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