Mostra 'Todos Podem Ser Frida' não tem abertura autorizada em Votuporanga

Em nota, prefeitura informa que após pedidos da população decidiu adiar a exposição para dezembro

São Paulo

A abertura da mostra ‘Todos Podem Ser Frida’, em que modelos aparecem em fotos caracterizados como a artista mexicana Frida Kahlo, estava prevista para este sábado (8) em Votuporanga, cidade a 521 km da capital paulistana. 

No entanto, após pedidos da população local, a prefeitura da cidade decidiu adiar a mostra para dezembro, em data a ser definida. A exposição faria parte do Fliv (Festival Literário de Votuporanga).

Em nota divulgada no site, a prefeitura informa que famílias, líderes religiosos e vereadores solicitaram que a exposição não fosse aberta durante o evento literário. 

Nas fotografias exibidas, estão  crianças e adultos, entre eles casais de homens e de mulheres se beijando. O conteúdo foi considerado inapropriado para crianças, já que a maior parte do público do festival é infantil. 

A mesma exposição passou pela cidade de São Paulo em 2014, no Museu da Diversidade Sexual, localizado na estação República do metrô. 

A mostra, que passou por São Paulo em 2014, é do Museu da Diversidade Sexual. Ela é composta por retratos de modelos caracterizados como a artista plástica mexicana, Frida Kahlo, e permite ao público experimentar o mesmo.

No Facebook, o museu lamentou o ocorrido e disse que a mostra é “uma exposição lúdica e participativa, que se transformou em símbolo dos direitos humanos, principalmente na luta pela equidade entre mulheres e homens”.

A nota informa que o conteúdo celebra a diversidade humana, dando visibilidade a pessoas com deficiência, e de diferentes raças, etnias e gêneros, “com a intenção de incentivar uma cultura de paz e respeito pelas diferenças”. 

As fotografias que integrariam a mostra, feitas pela artista paulista Camila Fontenele, podem ser vistas no site www.todospodemserfrida.com.

O adiamento da exposição no interior de São Paulo acontece um ano após o fechamento do "Queermuseu", em Porto Alegre, após acusações de desrespeito a símbolos cristãos e de apologia à pedofilia e zoofilia.

Há três semanas e depois de uma campanha de crowdfounding, a mostra foi reaberta no Parque Lage, no Rio.

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