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Moda

Filha de Cindy Crawford encara maratona de 25 desfiles e é nova queridinha da moda

Kaia Gerber, 17, esteve mas passarelas das maiores grifes de NY, Milão e Paris nesta temporada

Kaia Gerber e a mãe, Cindy Crawford - Reprodução/Instagram/kaia
Paris

Aos filhos de celebridades, a indústria do entretenimento historicamente reserva o ditado "filho de peixe peixinho é". Mas quando os genes partem de uma sereia das passarelas, a supermodelo Cindy Crawford, 52, esse peixe, queira ele ou não, será alimentado para, assim que atingir altura suficiente, ser fatiado pela moda.

Kaia Gerber, 17, cresceu rápido e, desde cedo, seu sangue era cobiçado por uma indústria que, nesta temporada de verão 2019, fatiou-a em dezenas de pedaços nos desfiles das marcas mais importantes, de Calvin Klein à Prada, de Valentino à Stella McCartney.

Seu sucesso só é comparável ao da top sudanesa Adut Akech, 18, que coroou a curta carreira ao encerrar o desfile de alta-costura da Chanel, em junho. Kaia, porém, pode se gabar de ter mais estrada.

 

Aos 13 anos, estampou sua primeira capa de revista, uma edição da CR Book, da francesa Carine Roitfeld, uma editora de moda que, comenta-se nos bastidores, teria sido demitida da chefia da Vogue Paris, em 2010, por vestir crianças como adultos em editorial.

Agora, Kaia estampa a capa da edição deste mês da revista.

Se naquela edição de 2015 a garota já atraía olhares pela semelhança com a mãe, agora que provou conseguir se travestir de mulher fatal, garota romântica ou hippie de luxo, personagens assumidos nas passarelas, parece não haver uma grife que não queira uma gota do seu suor.

O porquê dessa febre não se esvazia nem na aparência nem no nome, até porque a modelo preferiu usar o sobrenome do pai, o magnata do showbiz Rande Gerber, já que seus traços entregam de cara a relação com a mãe. Kaia tem ainda a vantagem de resumir várias características da moda atual.

Primeiramente, sua imagem remete ao meio entre os anos 1980 e 1990, um período de pujança criativa e de vendas, cuja estética hoje norteia boa parte das criações da moda mundial. A mãe, ícone daquela época escapista das passarelas, está na memória afetiva dos compradores de luxo.

Ao mesmo tempo, a garota atinge a parcela de millennials e jovens da geração Z conectados às redes sociais, sem memória daquele tempo. Ela soma 3,7 milhões de seguidores no Instagram e esse número só cresce desde que virou uma das queridinhas da IMG Models, agência nova-iorquina que cuida da carreira de tops como Gisele Bündchen.

Mas de nada adiantaria o molho se a carne não se encaixasse nos padrões da moda de hoje, mais magro, alto e insosso. Reside aqui a diferença entre filha e mãe.

De corpo mais reto e curvas menos acentuadas do que o permitido pela costura do final do século 20, Kaia sabe não sorrir, anda sem rebolar e não cai na tentação das paradinhas para a câmera —um cacoete limado da passarela.

Trocando em miúdos, ela aprendeu a parecer uma marionete das grifes, mas, como poucos peixinhos conseguiram, nadou rápido para sua marca de nascença soar como talento nato e, assim, não cair na lixeira do tempo.

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