Coleção tem faroeste de Howard Hawks que retrata natureza hostil

'Rio Vermelho', 27º volume da Coleção Folha, chega às bancas em 27 de janeiro

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John Wayne e Noah Beery Jr. em 'Rio Vermelho', filme de Howard Hawks - Divulgação
CRISTIANE MARTINS DA SILVA
São Paulo

Mitômano, anti-intelectual, meticuloso, áspero, alinhado, herói de si mesmo. Enquanto construía sua persona e buscava independência criativa, o cineasta Howard Hawks absorvia técnicas e conselhos para construir histórias que parecessem estar se passando diante do público.

Ouviu que não deveria se prender a cenas dramáticas, a misturar amor e humor, a preterir closes que fossem menos do que essenciais. Hawks buscava retratar a condição animal do homem, e um dos melhores exemplos disso é "Rio Vermelho", tema do 27º volume da Coleção Folha Grandes Diretores no Cinema, que chega às bancas em 27 de janeiro.

A natureza ocupa o lugar que a fé tem em obras de outros artistas, como um enfrentamento do homem ante conflitos e adversidades.

Para a crítica Molly Haskell, há no cinema de Hawks "a imagem do homem que afronta, cômica ou heroicamente, uma natureza hostil, um nada tão desprovido de sentido quanto o de Samuel Beckett e, no entanto, determinado a cumprir seu destino e a defender a primazia do espírito contra a tolice".

No faroeste "Rio Vermelho", de 1948, o cineasta narra a disputa de poder entre pai e filho adotivo que conduzem um rebanho. A relação entre Thomas Dunson (John Wayne) e Matthew Garth (Montgomery Clift) está envolta em conflito emocional por questões temperamentais e visões diferentes de mundo.

Para além dos riscos no trajeto, como as ameaças das tribos indígenas, são a obstinação e a tirania do pai 0s maiores entraves à ligação de ambos.

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