Com uma formação de apenas duas pessoas, o grupo de Ohio Twenty One Pilots levantou um mar de pessoas no anfiteatro natural que se forma nos morrinhos de Interlagos. O palco fica lá embaixo e o público descia como uma onda pelo gramado.
Considerados como um duo eletrônico, de pop, de rap ou de tudo isso junto, o fato que é banda conseguiu unir o melhor dessas vertentes em um show arrebatador, com dezenas de milhares dançando e cantando seus hits.
O som do Twenty One Pilots é bastante fácil de curtir, com muita melodia e canções delicadas, mas que nem por isso deixam de ter peso. Aliás, as músicas gravadas não tem peso nenhum, mas a banda ao vivo soa muito melhor.
O ótimo som do Lollapalooza favoreceu a banda, que não tem guitarras, mas não sente falta.
Tyler Joseph alterna entre instrumentos, como o baixo e o ukelele, e seu canto (e gorro) lembra assombrosamente o estilo de Eminem. Já o baterista Josh Dun poderia substituir Tommy Lee no Motley Crue, dado o número de tatuagens.
Eles tiraram o nome do grupo de uma peça teatral na qual um industrial fornece peças defeituosas para a construção de aviões para a guerra, causando a morte de vinte e um pilotos.
A banda, por vezes, assume uma postura mais performática. Em uma música, um cara de macacão entra soltando fumaça como se fosse um extintor de incêndio. Em outra, o duo veste roupas e máscaras de caveira.
Em sua segunda visita ao Brasil, o Twenty One Pilots fechou o palco secundário do Lollapalooza 2019 com uma força surpreendente.
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