Com as salas de cinema de todas as partes dos Estados Unidos fechando as portas por causa da pandemia de coronavírus e dispensando a maioria de seus empregados, a Associação Nacional dos Proprietários de Cinemas americana solicitou ao Congresso e ao governo de Donald Trump, na última quarta-feira (18), medidas de socorro que ajudem os complexos multiplex a se manterem até que possam retomar os seus negócios.
Em um esforço para combater a transmissão da Covid-19, todas as dez maiores cadeias de cinema dos Estados Unidos fecharam as suas salas e interromperam projeções dos últimos lançamentos ou estão no processo de fazer essa suspensão. Quando terminarem esse movimento, 89% das telas de cinema do país estarão desligadas.
Frente a isso, a organização setorial, que representa mais de 33 mil salas de exibição nos 50 estados americanos, solicitou que o governo federal garanta empréstimos para ajudar essas empresas durante o período de quarentena, no qual o público não poderá mais se reunir no escuro e sentar lado a lado para assistir aos filmes mais recentes.
A associação também pediu um alívio na cobrança de impostos, a fim de ajudar os proprietários a pagar seus trabalhadores e compensar parcialmente seus prejuízos.
“O governo Trump está considerando garantir empréstimos e oferecer outros benefícios ao setor de transporte aéreo, que é composto por grandes empresas com empregados que trabalham sob contrato”, disse John Fithian, presidente da associação das salas de cinema.
“Gostaríamos de pedir que ele pense também no setor de salas de cinema, uma parte importante da dinâmica cultural do nosso país, e em nossos 150 mil funcionários que trabalham sem contrato.”
A Associação Nacional dos Proprietários de Cinema também anunciou que recorreria a US$ 1 milhão (cerca de R$ 5 milhões) de suas reservas para ajudar trabalhadores que perderam seus empregos por causa dos fechamentos causados pelo coronavírus. Os estúdios de cinema devem contribuir para esse fundo.
Rolando Rodriguez, presidente-executivo da Marcus Theaters, uma cadeia que conta com 91 salas de cinema em Milwaukee, disse que a assistência federal é essencial.
Thomas Rothman, presidente do conselho da Sony Pictures, prevê, por outro lado, que o apetite pelo cinema será mais forte do que nunca quando a pandemia passar.
“As pessoas vão querer sair e curtir experiências comunitárias”, projetou. “Vamos lembrar de o quanto amamos estar uns com os outros.”
Tradução de Paulo Migliacci
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