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Coronavírus faz filmagens de cinema e de TV serem suspensas em São Paulo

Caso durem um mês, restrições poderiam ter impacto da ordem dos R$ 50 milhões

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São Paulo

A Spcine e a São Paulo Film Commission publicaram comunicado informando que todas as filmagens programadas para ocorrer na cidade de São Paulo a partir desta terça-feira (17) estão suspensas por causa da expansão do coronavírus.

A decisão segue determinação da prefeitura, que suspendeu quaisquer novas solicitações de filmagens, assim como agendamentos de visitas de locação ou visitas técnicas. Além disso, o prefeito Bruno Covas (PSDB) decretou situação de emergência na capital.

Bilheteria vazia no Espaço Itaú do shopping Frei Caneca, em São Paulo
Bilheteria vazia no Espaço Itaú do shopping Frei Caneca, em São Paulo - Zanone Fraissat/Folhapress

A medida, que afeta principalmente filmes e séries, contempla também autorizações que já haviam sido emitidas —agora, elas estão revogadas por prazo indeterminado.

No comunicado, os órgãos também informam que as restrições são válidas tanto para gravações internas quanto para externas. Para as filmagens privadas, a recomendação é de interrupção.

Diretor de políticas estratégicas da Spcine, Luiz Toledo afirma que, para além da determinação de Covas, a medida respondeu às inseguranças do próprio setor. "Até o decreto de emergência, não havia muita clareza em relação a como proceder."

"Óbvio que estamos cientes de todo o impacto que essa medida causa e lamentamos dar uma recomendação que poder gerar prejuízos", ele continua. "Mas acho que o compromisso de todos agora é com mitigação da transmissão do vírus."

Segundo dados da Spcine, que regulamenta as filmagens realizadas nos espaços públicos na cidade, o mercado audiovisual movimentou cerca de R$ 560 milhões na cidade no ano passado e gerou mais de 25 mil postos de trabalho.

São, em média, R$ 46,6 milhões injetados por mês no município —que podem ser perdidos caso a suspensão das filmagens siga vigente pelos próximos 30 dias. Toledo lembra, no entanto, que com a demanda reprimida, os meses subsequentes ao surto do coronavírus provavelmente terão um pico de filmagens.

Toledo informa que foram 39 as filmagens adiadas, sendo que 12 delas antes mesmo do decreto. Não havia, no entanto, nenhuma produção estrangeira entre elas, informa o diretor.

A medida de interromper as filmagens em São Paulo não é a única que vem afetando o setor por causa da pandemia de coronavírus. Pela primeira vez no Brasil, os cinemas não têm nenhuma estreia. Além disso, cerca de 600 salas estão fechadas no país.

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