Roger Waters vai cantar em live do Dia do Trabalhador, que terá Lula, FHC e Ciro

Músico, ex-Pink Floyd, enviou um vídeo apresentando 'We Shall Overcome', que deve ser exibido na transmissão de 1º de Maio

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São Paulo

Roger Waters é mais um nome confirmado na tradicional comemoração brasileira do Dia do Trabalhador, em 1º de maio. O músico britânico, ex-vocalista e baixista do Pink Floyd, terá um vídeo exibido na live, que está marcada para começar às 11h30 de sexta (1º).

Waters aparecerá no ato ao lado de nomes como os ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Fernando Henrique Cardoso, o ex-ministro Ciro Gomes, entre outros.

A live será organizada pelas principais centrais sindicais brasileiras —CUT, Força Sindical, UGT, CSB, CTB, CGTB, NCST, Intersindical e A Pública, com o apoio da Frente Brasil Popular.

A participação de Waters acontece através de um vídeo enviado pelo músico, no mesmo esquema das outras atrações musicais do evento virtual. O britânico vai aparecer cantando “We Shall Overcome”, música tradicional americana que marcou a luta pelos direitos civis no século passado.

Além de Waters, a live de Primeiro de Maio contará com vídeos de cerca de 30 artistas. Entre eles estão Chico César, Zélia Duncan, Fernanda Takai, Otto, Odair José, Leci Brandão, Marcelo Jeneci, Francis e Olivia Hime.

Chico Buarque enviará uma mensagem. Os atores Fábio Assunção e Osmar Prado também falarão na live.

Militante, Waters vem fazendo críticas contundentes a governos de direita e extrema direita ao redor do mundo —inclusive o brasileiro. Recentemente, ele publicou nas redes sociais um cover da música “The Right to Live in Peace”, ou “El Derecho de Vivir en Paz”, composta pelo músico chileno Víctor Jara em 1971.

Na versão, que exalta os protestos do ano passado no Chile, Waters mudou versos para falar de países como o Brasil. “Então tome cuidado Bolsonaro, Guido, Modi e Trump/ Os cacerolazo [panelaço] são mais altos que todos vocês/ Está batendo no coração das pessoas/ E a mensagem é perfeitamente clara/ Nossa Terra mãe nunca estará à venda”, ele cantou.

Em 2018, em vários shows de sua turnê pelo Brasil, Waters fez protestos contra o então candidato Jair Bolsonaro e exaltou a vereadora Marielle Franco. Ele também chegou a entrar com um pedido na Justiça para visitar o ex-presidente Lula na superintendência da Polícia Federal, em Curitiba, onde ele estava preso.

Na época, durante as eleições presidenciais, o músico associou o nome de Bolsonaro ao “novo fascismo” nos telões de seus shows e chegou a exibir #elenão. A campanha do agora presidente chegou a entrar com uma ação no Tribunal Superior Eleitoral contra a chapa de seu adversário, Fernando Haddad, por suposto abuso de poder econômico praticado nos shows do cantor.

Batizado de “Saúde, Emprego e Renda em Defesa da Democracia, Um Novo Mundo é Possível”, o ato será transmitido das 11h30 às 15h30 no canal da TVT no YouTube e também terá participações da ex-ministra Marina Silva, do governador do Maranhão, Flávio Dino, dos presidentes do Senado, Davi Alcolumbre, e do Supremo Tribunal Federal, Dias Toffoli, além do governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, entre outros.

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