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Alok faz live com remix de clássicos em festa estranha, sem público

DJ tocou seus hits e músicas de Alveu Valença e Chitãozinho & Xororó com batidas eletrônicas, mas faltou a energia dos fãs

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Alok em Casa no Multishow

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Apresentado pela Multishow como o DJ mais famoso do Brasil e um dos maiores do mundo, Alok fez uma live de duas horas na noite de sábado (2) na varanda de seu apartamento em São Paulo, com raios laser e tudo o que a música eletrônica promete.

Sempre sorrindo bastante, ele iniciou explicando um pouco como funciona a tecnologia de sua mesa e fez merchandising de marcas de uma marca de café, o qual bebeu. Depois fez de uma cerveja. Com sua mulher e filho recém-nascido ao lado, acenou para as varandas cheias de luzes coloridas dos prédios ao redor, onde grupos de três ou quatro jovens dançavam.

O sucesso da live, exibido pela Globo (as duas primeiras músicas), Multishow e Globoplay, causou problemas –alguns fãs foram para a porta de seu prédio e começaram um buzinaço.

Em relação às músicas, Alok não é lá muito inventivo. Alterna hits próprios, como “Hear Me Now”, com trechos de antigas preferidas do público, como “The Rythm of the Night” e até “Another Brick in the Wall”, do Pink Floyd.

Mas surpreende os incautos quando insere “Anunciação”, de Alceu Valença, “Evidências”, com Chitãozinho & Xororó, ou “Tempo Perdido” e “Será”, do Legião Urbana, em ritmo eletrônico. Ousadia? Amor à música brasileira? Ou oportunismo? Você que sabe.

Mas esse é o seu estilo, que faz tremendo sucesso, como no Rock in Rio do ano passado. Na ocasião, uma enquete o anunciou como ocupante do primeiro lugar na preferência do público do dia em que se apresentou. Ele também foi a primeira atração anunciada para o Rock in Rio de 2021.

Uma fragilidade, no entanto, ficou bem evidente na live de Alok. A música eletrônica, e a dele especialmente, é um gênero para ser curtido em grupo, ao lado de amigos, fervendo na pista, em raves ou em grandes espaços.

A apresentação deste sábado evidenciou que falta energia quando um artista desse tipo se apresenta para fãs imaginários. Alok também resolveu apresentar algumas músicas, detalhar algumas produções, contar histórias e dar dicas para a quarentena, interrompendo a sequência musical. Além disso, artistas globais faziam participações rápidas, falando da pandemia.

Tudo isso contribuiu para um clima estranho, como se você estivesse numa festa sem convidados, numa sala branca vazia. Houve alguns problemas de som, com microfones falhando.

Mas, passando a régua, a simpatia de Alok ajudou a fazer o sábado mais interessante para aqueles que curtem ferver noite adentro.

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