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Caco Galhardo cria um diário ilustrado da pandemia em seu novo livro de quadrinhos

'Cinco Mil Anos Mais um de Covid' é um complemento à antologia do cartunista publicada há dois anos

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São Paulo

O cartunista Caco Galhardo, autor de famosos quadrinhos como as tiras "Lili, a Ex", lança nesta terça o livro "Cinco Mil Anos Mais um de Covid", que sai pela editora Realejo.

Depois de ter lançado a antologia "Cinco Mil Anos", pela Companhia das Letras, em 2019, Galhardo retorna às livrarias com uma espécie de continuação, explicitada desde o título da obra –"Cinco Mil Anos Mais um de Covid" é um diário ilustrado do período de um ano e meio de pandemia.

O cartunista Caco Galhardo - Bruno Poletti/Folhapress

"Em 2020 eu estava com uma passagem comprada para a Tailândia, onde eu ia fazer um curso de pole dance, mas veio a Covid e pulverizou todos os nossos sonhos", ele conta, brincando.

Apensar da intenção de ser leve e despretensioso, o livro reflete o noticiário político brasileiro durante o confinamento, que entrou nos desenhos que compõem a obra, como costuma acontecer com suas publicações na imprensa, em especial neste jornal.

"Nós estávamos enfiados dentro de casa trabalhando, enquanto o Bolsonaro atrapalhava tudo. É como se a gente tivesse vivido duas pandemias no Brasil. Então o livro também é um retrato desse momento caótico, do qual estamos saindo agora."

Conhecido pela série de quadrinhos "Os Pescoçudos", que publicou neste jornal desde seu começo em 1997 até 2010, Galhardo criou personagens de longa história. Em "Daiquiri", série que publica atualmente na Ilustrada, ele faz uma mistura de todas elas.

Uma de suas criações mais famosas, Lili, a Ex, foi transformada em série pelo canal GNT, estrelada pela atriz Maria Casadevall. A personagem é uma mulher obcecada pelo ex-marido. Outra personagem que marcou as tiras de Galhardo publicadas no jornal é o Pequeno Pônei, que se irrita porque todos o acham fofo enquanto ele quer ser um bad boy beatnik. Já Chico Bacon é um sujeito sem superego, e Julio e Gina são um casal de idosos ranzinzas em briga eterna.

Apesar do recorte pessoal para abordar o momento atual, Galhardo não desenha a si mesmo como uma das suas personagens. "Eu tenho esse problema. Eu acabo fazendo desenhos muito feios de mim mesmo. Eu não sei me desenhar direito, o que acaba provocando um dano na minha autoestima. Então meus personagens estão me representando", ele diz, bem humorado.​

O lançamento do livro ocorrerá de forma presencial na Ria Livraria, às 18h, nesta terça-feira.

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