Descrição de chapéu Livros

Coleção Folha traz texto que questiona reinado das leis sobre o certo e o errado

Nome fundamental do ideário conservador, Leo Strauss defende o 'direito natural' sobre aquele determinado pelos tribunais

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São Paulo

A Coleção Folha Os Pensadores traz uma obra de um nome fundamental do ideário conservador, "Direito Natural e História", de Leo Strauss, em tradução de Bruno Costa Simões.

Filósofo político germano-americano de origem judaica, Leo Strauss, que viveu de 1899 a 1973, era especialista no estudo da filosofia política clássica.

Passou a maior parte de sua carreira como professor de ciência política na Universidade de Chicago, entre 1949 e 1969, onde foi mestre de várias gerações de estudantes. Fundou a escola de pensadores "straussianos", e foi ferrenho crítico da filosofia moderna.

aquarela nas cores verde e azul
Aquarela de Chris Eich que ilustra a capa do 30º volume da Coleção Folha - Os Pensadores, 'Direito Natural e História', de Leo Strauss - Reprodução

Versão ampliada de seis conferências ministradas na Universidade de Chicago, em 1949, sob os auspícios da Fundação Charles R. Walgreen, o livro é uma defesa do direito natural contra o relativismo.

"Rejeitar o direito natural é a mesma coisa que dizer que todo direito é direito positivo, e isso significa que aquilo que é certo é determinado exclusivamente pelos legisladores e pelos tribunais dos diversos países", escreve o autor.

"Ora, trata-se de algo obviamente significativo, e por vezes até mesmo necessário, falar de leis 'injustas' ou de decisões 'injustas'. Emitindo tais juízos, queremos dizer que existe um padrão de certo e errado independente do direito positivo e mais elevado que ele: um padrão por meio do qual somos capazes de julgar o direito positivo."

"Se os princípios estão suficientemente justificados pelo fato de serem aceitos pela sociedade, então os princípios do canibalismo são tão defensáveis ou sólidos quanto os da vida civilizada. Desse ponto de vista, aqueles princípios não podem de modo algum ser rejeitados como simplesmente inferiores", argumenta. "E, uma vez que se reconhece que o ideal de nossa sociedade está mudando, nada, exceto nossos hábitos maçantes e rançosos, poderia nos impedir de aceitar placidamente uma mudança em direção ao canibalismo."

E, mais adiante, crava: "parece, pois, que a rejeição do direito natural está condenada a produzir consequências desastrosas".

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