Descrição de chapéu lei rouanet

Anitta comenta 'CPI do sertanejo' e diz que recebeu propostas de desvio de verba

Cantora discute cachês de sertanejos pagos por prefeituras, polêmica que começou com crítica à sua tatuagem anal

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São Paulo

Ao comentar a "CPI do sertanejo", como ficou conhecida nas redes sociais a polêmica sobre cachês milionários a sertanejos como Gusttavo Lima pagos por prefeituras Brasil afora, Anitta afirmou que já recebeu propostas de desvio de verba.

"Eu já recebi propostas. Eu e meu irmão. 'Você cobra tanto, aí eu vou e pego um pedaço'. Eu falei não", disse a cantora em entrevista ao Fantástico. A conversa, que vai ao ar neste domingo (5), teve um trecho exibido no Jornal Nacional deste sábado (4).

O cantor Gusttavo Lima e a cantora Anitta
O cantor Gusttavo Lima e a cantora Anitta - Divulgação

Involuntariamente, Anitta foi quem deu início a uma série de investigações em torno de shows de astros do sertanejos pagos por prefeituras. A polêmica colocou o Ministério Público na cola de administrações públicas de cerca de 30 cidades de Roraima, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Mato Grosso.

Depois de mais de um ano da viralização do vídeo em que a cantora aparece tatuando seu ânus, o assunto voltou a ficar entre os mais comentados das redes sociais em função de uma crítica do sertanejo Zé Neto.

"Estamos aqui em Sorriso, Mato Grosso, um dos estados que sustentou o Brasil durante a pandemia. Nós somos artistas que não dependem de Lei Rouanet. Nós não precisamos fazer tatuagem no 'toba' para mostrar se a gente está bem ou não. A gente simplesmente vem aqui e canta", disse o sertanejo, que tinha recebido R$ 400 mil da prefeitura para subir aos palcos.

Desde então, o episódio tem levado a importantes revelações sobre o uso de verba pública em megaeventos de sertanejos. Na semana passada, por exemplo, foi revelado que a Prefeitura de Conceição do Mato Dentro, uma cidadezinha mineira, pagaria ao cantor Gusttavo Lima um cachê de mais de R$ 1 milhão, com uma verba que só pode ser destinada à saúde, educação, ambiente e infraestrutura.

Hoje, 29 cidades pelo país têm shows investigados pelo Ministério Público. A maioria deles são de eventos de Gusttavo Lima, mas Xand Avião e Wesley Safadão também aparecem entre os cachês suspeitos.

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