Pintora portuguesa conhecida internacionalmente por seu trabalho sobre a representação da mulher, Paula Rego morreu na madrugada desta quarta-feira, em Londres, aos 87 anos de idade.
A informação foi divulgada numa rede social da Casa de Histórias Paula Rego, museu que abriga e promove exposições de sua obra, em Cascais, próximo a Lisboa.
"Ela morreu em paz esta manhã, depois de uma breve doença em sua casa no norte de Londres, ao lado de sua família. Expressamos os pêsames mais sinceros a seus filhos, Nick, Cas e Victoria Willing, e seus netos e bisnetos", disse sua galeria londrina, Victoria Miro.
Nascida em 26 de janeiro de 1935 em Lisboa, Paula Rego chegou ao Reino Unido em 1952 para estudar na Slade School of Fine Art.
Ela era particularmente conhecida por suas pinturas figurativas repletas de tensão e emoção, muitas vezes inspiradas em histórias, incluindo lendas populares portuguesas, mitos e contos de fadas.
Rego usou a pintura como uma ferramenta de denúncia de mazelas sociais. Há obras que tratam do aborto ilegal, da mutilação de mulheres muçulmanas, a guerra no Iraque.
Sua obra começou a ser conhecida internacionalmente no final dos anos 1980, quando foi tema de uma grande mostra na galeria Serpentine, de Londres. Ela teve uma grande retrospectiva no Brasil em 2011, quando expôs na Pinacoteca, em São Paulo.
A artista tem uma sala especial dedicada à exposição de suas obras agora na Bienal de Veneza, uma das mais tradicionais mostras de arte do mundo que neste ano tem um recorde de artistas mulheres participantes.
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