"Top Gun: Maverick" está no centro de uma disputa entre o estúdio Paramount, que está sendo processado pela família do autor que inspirou o longa original, "Top Gun: Ases Indomáveis", de 1986.
Segundo a viúva e o filho de Ehud Yonay —que escreveu o artigo jornalístico "Top Guns" na revista California, em 1983—, o novo longa da franquia não cita o autor e, com isso, estaria infringindo direitos autorais.
De acordo com a queixa, apresentada num tribunal federal de Los Angeles, a Paramount não teria readquirido os direitos do artigo com a família antes de lançar a sequência derivada, que está no topo das bilheterias nos Estados Unidos —e chegou a atingir a arrecadação de US$ 126,7 milhões nos três primeiros dias de exibição nos cinemas do país. No mercado global, já passou dos US$ 548,6 milhões, sendo a maior estreia do ano até agora.
Segundo Shosh, a viúva, e Yuval Yonay, filho de Ehud, a Paramount teria ignorado a questão dos direitos autorais de propósito, sabendo que em janeiro de 2020 os direitos seriam revertidos para os herdeiros do autor morto há dez anos. A família buscava recuperar os direitos do artigo desde 2018 e teve sucesso dois anos depois.
Como o filme teria entrado em produção em 2018, com previsão para ser lançado em 2019, mas adiado algumas vezes até a chegada em 2022, o processo da família alega que o filme não foi realmente concluído até maio de 2021, mais de um ano após o aviso de rescisão entrar em vigor.
Em nota, o estúdio disse que "essas afirmações são feitas sem mérito, e vamos nos defender de forma vigorosa". O processo busca danos não especificados, incluindo lucros da bilheteria de "Top Gun: Maverick", além de tentar impedir a Paramount de distribuir o filme, assim como outras possíveis sequências.
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