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Kandinsky preferia as sensações para dar sentido às cores e formas abstratas

Coleção Folha destaca como pintor russo criou artes que pareciam flutuar na ausência de gravidade

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São Paulo

O pintor Wassily Kandinsky sempre foi atraído pela cor. É o que mostra o 16o volume da Coleção Folha Grandes Pintores, que se detém na trajetória do artista.

De acordo com ele, aos três anos de vida, o verde-claro, o verde-escuro, o branco, o carmim, o preto e o ocre já causavam impacto. "Vi essas cores em vários objetos que hoje não represento com tanta clareza quanto as próprias cores", escreveu.

Pintura que ilustra a capa do 16º volume da Coleção Folha Grandes Pintores, 'Kandinsky: O Sentido da Abstração' - Divulgação

Na publicação que sai agora, chamada "O Sentido da Abstração", é possível ver, como, aos poucos, Kandinsky se distancia da figuração.

Em "Murnau, Paisagem com Torre", de 1908, por exemplo, ele conserva apenas as características essenciais da paisagem e, por meio do contraste entre cores sobrepostas, faz com que o tema escolhido perca a ligação com a realidade —céu, nuvens, árvores e solo se fundem.

Já quando abandona a pintura ao "ar livre", o artista se fecha no ateliê numa busca para "pintar a sensação", com a ideia de eliminar a estética em favor da espiritualidade.

Ainda assim, a coleção também enfatiza como, em 1889, encarregado de inventariar os costumes relativos ao direito rural na região de Vologda, no norte da Rússia, Kandinsky se impressiona com a arte popular e passa a representar as casas, os móveis e trajes da região.

Sua cidade natal, Moscou, constitui para ele uma "capital mítica", da qual não esqueceria o folclore, os contos e as lendas mesmo vivendo em outros países. É o que se vê em "Lied (Canção)", "A Vida Misturada" e outras pinturas realizadas entre os anos 1902 e 1907.

Kandinsky gostava de consultar enciclopédias e manuais de biologia. Tinha interesse por invertebrados marinhos, amebas e seres microscópicos. Não à toa, durante o seu último período criativo, quando fugiu do nazismo e se estabeleceu em Paris, as formas "biomórficas", que parecem se situar na ausência da gravidade, tomam conta do seu trabalho.

"A criação de uma obra é a criação do mundo", disse o artista, que achava que, "se destruíssemos por completo o elo que nos liga à natureza e nos contentássemos exclusivamente com a combinação de cor pura e forma independente, criaríamos obras parecidas com uma gravata ou um tapete".


COMO COMPRAR

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Telefone: (11) 3224-3090 (Grande São Paulo) e 0800 775 8080 (outras localidades)

Frete grátis SP, RJ, MG e PR (na compra da coleção completa)

Nas bancas por R$ 22,90 o volume

Coleção completa: R$ 687; lote avulso (com seis volumes): R$ 134,70

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