Saiba como história do Negrinho do Pastoreio fala de tortura e escravidão

Personagem, que é castigado com chicote, é tema do quinto volume da Coleção Folha Folclore Brasileiro para Crianças

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São Paulo

Neste domingo, os pequenos leitores poderão conhecer a história que ensejou a lenda do Negrinho do Pastoreio, no quinto volume da Coleção Folha Folclore Brasileiro para Crianças. O livro, que estará disponível para compra nas bancas e livrarias, narra a trajetória desse menino que ficou responsável pelo manejo dos cavalos em uma fazenda.

A escritora Laiz B. Carvalho situa historicamente o surgimento desse mito durante o longo período em que pessoas negras eram escravizadas no Brasil. Segundo a autora, o personagem principal era uma criança negra, órfã de pai e mãe, que durante um ataque de fúria do dono da fazenda, foi obrigado a cuidar ininterruptamente de seus cavalos.

Mesmo obedecendo às ordens do fazendeiro, o personagem ainda era vítima de maus-tratos e chegava a ser torturado. A autora, a partir da história do Negrinho, fala de uma maneira adequada ao público infantil sobre temas difíceis como tortura e escravidão.

A escritora descreve que, após uma maldade do filho do fazendeiro, os animais que estavam aos cuidados do Negrinho fugiram. Mesmo conseguindo trazer os bichos de volta, o personagem foi castigado com chicote e deixado ao relento em cima de um formigueiro. Diante do sofrimento da criança, Nossa Senhora surge rodeada por nuvens e se compadece do pequeno, sara os seus machucados e o põe de pé ao lado de um cavalo.


Por se tratar de um livro infantil, a autora não se fixa nos momentos difíceis passados pelo personagem principal e também trata de sua boa relação com os animais e da proteção divina que sempre acompanhava esse pequeno pastor.

A edição também explica que, segundo a tradição popular, o Negrinho do Pastoreio ajuda a encontrar objetos perdidos. O livro ensina o passo a passo para recuperar o objeto perdido —basta que quem procura acenda uma vela perto de um formigueiro e recite os versos "foi por aí que eu perdi, foi por aí que eu perdi, foi por aí que eu perdi".


As ilustrações desse volume, que ficam a cargo de Weberson Santiago, cumprem a difícil missão de dar um viés plástico às cenas narradas e dão forma ao Negrinho e à Nossa Senhora.

No capítulo final, o livro ainda ensina cantigas e brincadeiras tradicionais. A edição do Negrinho do Pastoreio ensina a brincar de Pula-Sela, um jogo em que as crianças pulam uma por cima da outra, além de versos para que os pequenos leitores cantem enquanto brincam de pular corda.


Como comprar

Site da coleção

Telefone: (11) 3224-3090 (Grande São Paulo) e 0800 775 8080 (outras localidades)

Frete grátis: SP, RJ, MG e PR (na compra da coleção completa)

Nas bancas por R$ 22,90 o volume

Coleção completa: R$ 549,60; lote avulso: R$ 109,92

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