Mario Frias diz que defenderá legado de Jair Bolsonaro no Congresso

Ex-secretário especial da Cultura declarou apoio ao presidente após ele perder para Lula no segundo turno das eleições

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São Paulo

Mario Frias, ex-secretário especial da Cultura, usou suas redes sociais para declarar apoio ao presidente Jair Bolsonaro, do PL, que foi derrotado por Lula (PT) no segundo turno das eleições neste domingo.

"São nos momentos mais difíceis e nas horas mais escuras que conhecemos a lealdade de quem está ao nosso lado. Quero, aqui, declarar publicamente a minha lealdade absoluta ao homem que mais lutou pela liberdade do nosso povo", ele escreveu, em publicações feitas no Twitter e no Instagram.

Mario Frias assumiu em junho 2020 a Secretaria Especial da Cultura, no governo de Jair Bolsonaro - Instagram/mariofriasoficial

Frias diz ainda que só foi graças a Bolsonaro que o Brasil registrou um bom desempenho de recuperação. "Presidente, tenha em mim um soldado até o fim. Estarei no Congresso defendendo o seu legado. E pronto para trabalhar sob a sua liderança de novo", completa.

Frias foi o único dos candidatos da Cultura do presidente que se elegeu para o Legislativo. O ator recebeu 122.562 votos em São Paulo para deputado federal.

A gestão do ex-"Malhação" à frente da Secretaria Especial da Cultura foi marcada por um apoio explícito a projetos armamentistas, críticas às leis Aldir Blanc e Paulo Gustavo e um desmonte da Lei Rouanet, que passou por uma reestruturação que alterou radicalmente o funcionamento da medida.

Neste que é o principal mecanismo de incentivo à cultura do país, os cachês foram limitados a R$ 3.000 e patrocinadores foram impedidos de investir num mesmo projeto por mais de dois anos seguidos, dificultando a perenidade das relações no setor.

A Cultura sob Frias também teve baixa execução orçamentária. Do orçamento de R$ 1,77 bilhão de 2020 foram usados R$ 608,7 milhões, e do total aprovado de R$ 1,69 bilhão para 2021 foram empenhados R$ 620,1 milhões, segundo o Portal da Transparência. A pasta perdeu metade de seu orçamento federal entre 2011 e 2021.

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