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Caco Barcellos flagra suspeita de compra de votos para Bolsonaro; veja vídeo

Profissão Repórter mostra assédio eleitoral em Coronel Sapucaia, em MS, onde Lula empatou com rival no 1º turno

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São Paulo

Em reportagem exibida na noite desta terça-feira, no programa Profissão Repórter, o jornalista Caco Barcellos é ameaçado em uma cidade no interior de Mato Grosso do Sul ao fazer uma reportagem na qual flagra uma suspeita de compra de votos para Bolsonaro às vésperas do segundo turno das eleições.

"Eu sugiro a vocês terminar a pauta o quanto antes. Se você quiser continuar aqui na cidade, fazendo o seu trabalho, é por sua conta em risco, mas eu conheço bem a cidade. É complicado", diz um homem em uma ligação para o repórter, mostrada no programa da TV Globo, gravado em Coronel Sapucaia.

Antes deste momento, o programa mostrou o jornalista indo até uma reunião de moradores na qual ocorria a compra de votos para Bolsonaro, em uma ação encabeçada pelo prefeito, segundo uma das entrevistadas. Quando a equipe da TV chega no local, nenhum dos presentes quer falar com Barcellos —os poucos que topam dar entrevista desconversam e não respondem às perguntas diretamente.

Na ocasião, Barcellos também é intimidado por um homem, como mostram as imagens. "Não se aproxime de mim, OK?", disse o jornalista, em resposta.

Segundo a entrevistada que deu informações mais precisas sobre a reunião, falaram aos moradores que "teria que votar no 22 ou não teria mais verba", o que constitui assédio eleitoral. Ainda de acordo com ela, que não teve seu nome identificado, o encontro também tratou do programa Auxílio Brasil.

Caco Barcellos, do Profissão Repórter - Mauricio Fidalgo/Globo

Coronel Sapucaia é uma cidade de cerca de 15 mil moradores localizada em Mato Grosso do Sul. No primeiro turno das eleições, no início de outubro, houve empate exato entre Lula e Bolsonaro —cada um dos então candidatos recebeu 4.295 votos.

Procurada pela reportagem, a Procuradoria Regional Eleitoral em Mato Grosso do Sul informa que "está ciente da situação e instaurará procedimento investigatório". "Foi solicitado apoio da promotoria eleitoral responsável por Coronel Sapucaia para instruir o feito", finaliza.

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