Desde que o Brasil se dividiu politicamente, a casa do BBB se tornou alvo de toda sorte de especulação. De fato, a política partidária no maior reality show do país, que volta às telas da Globo nesta segunda-feira, se tornou um tabu.
Alguns afirmavam que havia uma orientação para que o assunto não fosse abordado no programa. Outros não acreditavam numa interferência da produção em temas sensíveis.
Diretor do BBB, Boninho disse que não há nenhuma orientação da Globo para os participantes não manifestarem apoio ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do PT, ao ex-presidente Jair Bolsonaro, do PL, ou a qualquer outro político.
"A única regra que tem na casa é não agredir ninguém ou quebrar algum objeto, a gente fala que, se eles quiserem, podem até tomar banho nus", diz ele. "Na casa, pode falar tudo, até a gente ri muito, porque o participante cobre a boca, depois de falar alguma coisa, mas é uma autocensura, a gente não tem nada a ver com isso, não tem controle, colocou lá dentro, seja o que Deus quiser."
Antes mesmo de começar o programa, o público logo revirou as redes sociais dos quatro participantes da chamada casa de vidro instalada num shopping carioca —Giovanna, Gabriel, Paula e Manoel— para tentar descobrir a preferência política de cada um deles. Segundo Boninho, a ideologia dos candidatos não é avaliada durante a seleção. "A gente não olha isso", afirmou.
Nos últimos anos, o BBB se firmou como o mais importante êxito comercial da Globo, também por sua linguagem moderna, interativa, imersiva e multiplataforma. Perguntado sobre a influência da linguagem do reality show nos outros produtos da emissora, Boninho não disfarçou a autoconfiança. "Influencia porque a gente faz o melhor produto da Globo, então fica todo mundo babando para fazer igual", disse ele.
Minutos depois, Boninho afirmou que sua declaração fora apenas uma brincadeira. "O principal produto da Globo é a novela, graças a Deus."
Comentários
Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.