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Sabrina Sato diz que Pânico na TV foi seu Jackass e que jamais funcionaria hoje

Nova jurada do The Masked Singer afirma, porém, que vê o programa com saudosismo e que ele foi sua escola

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São Paulo

De volta à TV Globo como jurada do reality show The Masked Singer Brasil, Sabrina Sato lembrou em entrevista à Folha o programa em que teve a participação mais longeva de sua carreira até aqui —o Pânico na TV.

Sabrina Sato, Daniele de Souza, Rodrigo Scarpa e Wellington Muniz
Sabrina Sato, Daniele de Souza, Rodrigo Scarpa e Wellington Muniz quando integravam a equipe do Pânico, em 2011 - Eduardo Knapp/Folhapress

"Via tudo como um desafio, algo engraçado. Minha vida não caía na monotonia", diz sobre a atração, que passou a integrar logo depois de sair da terceira edição do Big Brother Brasil.

"Uma hora estava com uma roupa até abaixo do joelho porque ia entrevistar políticos em Brasília, depois estava de biquíni saltando de paraquedas. Era bem molecona. Me achava uma Jackass", afirma, numa referência ao programa da MTV que virou febre ao colocar seus participantes em situações perigosas e supostamente engraçadas.

Na atração, Sabrina fez de tudo. Mastigou uma pimenta inteira até quase vomitar, bebeu um copo de água suja tirada do mar, irritou Justin Bieber em uma entrevista por não falar bem inglês, pulou de bungee jump vestida num maiô com estampa de oncinha e depois quase desmaiou.

Apesar de protagonizar tantas bobagens, Sabrina vê com saudosismo os tempos de Pânico. Diz que o programa foi, ao mesmo tempo, uma escola, uma faculdade e uma pós-graduação.

Sato quase sempre aparecia na televisão com roupas minúsculas. Os figurinos decotados e sensuais a consagraram como um símbolo sexual dos anos 2000.

À luz das discussões feministas que hoje movimentam o debate, ela diz que já foi muito objetificada, mas não apenas no programa. "Talvez tenha sido por carregar isso de ser asiática, esse lance da sexualização da mulher asiática", afirmou no Papo de Segunda, um programa do GNT, canal pago da Globo.

Quando o Pânico já não era mais da RedeTV!, mas da Band, a apresentadora diz ter sentido a necessidade de respirar novos ares e, depois de dez anos, abandonou a trupe.

"Não adianta eu julgar aquela fase agora. É claro que reflito e levo para análise. Ninguém sai normal dessas. Não tenho vergonha de falar disso", acrescenta, frisando que, apesar de se lembrar do Pânico com carinho, "não existe a menor possibilidade" de um programa como aquele funcionar hoje.

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