Prefeitura do Rio rebate REP Festival e diz que não pediu mudança de local

OUTRO LADO: Organizador afirmou que problemas aconteceram porque autoridades pediram mudança de local um mês antes

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São Paulo

A Prefeitura do Rio de Janeiro rebateu a organização do REP Festival sobre os motivos da sucessão de problemas registrados no primeiro dia do evento, que aconteceu no sábado (11), na zona oeste carioca.

Na segunda-feira (13), Rafael Liporace, um dos organizadores do festival, disse que o caos foi causado porque a Prefeitura pediu uma mudança de local um mês antes da realização dos shows.

Lamaçal transforma REP Festival em caos
Lamaçal transforma REP Festival em caos - Reprodução

Esse cenário teria gerado a confusão de sábado, com público tomado pelo lamaçal e apresentações atrasadas ou canceladas pela má estrutura.

A Prefeitura diz, porém, que não pediu mudança de local. Segundo a administração municipal, os organizadores do evento solicitaram autorização em duas ocasiões para que o evento fosse realizado no Parque Olímpico, na zona oeste do Rio. Ambos os pedidos, diz a nota, foram recusados.

Por fim, a produção do evento teria solicitado autorização, no dia 26 de janeiro, para fazer o festival em Guaratiba, pedido que recebeu sinal verde das autoridades. No entanto, foi justamente nesse local que as cenas de caos e confusão do último sábado foram registradas.

O público relatou que os shows atrasaram ou foram cancelados. Múltiplos artistas desistiram de se apresentar na última hora, alegando risco de vida nas condições dadas pela produção do evento.

Imundas, as pessoas xingavam a organização do evento, chegando a avistar cobras e pererecas em meio à lama. Em razão desses problemas, o segundo dia do festival, que aconteceria no domingo (12), precisou ser cancelado.

Esse conjunto de contratempos fez o Procon-RJ instaurar contra os organizadores do evento um ato sancionatório, isto é, um processo que pode resultar no pagamento de multas.

Segundo o órgão, o público enviou relatos sobre as péssimas condições de infraestrutura do festival. Além disso, as pessoas chamaram atenção para a dificuldade de acessibilidade, atraso no horário dos ônibus e no início dos shows. O Procon disse que os organizadores podem ser multados em até R$ 12 milhões.

"Conforme o CDC, o Código de Defesa do Consumidor, as multas por infração às normas de proteção e defesa do consumidor serão calculadas de acordo com a gravidade da infração, o porte econômico do fornecedor e a vantagem auferida. A depender desses critérios, ela pode chegar a 12 milhões de reais", disse o órgão em nota.

O prazo para a apresentação de defesa é de 15 dias. A reportagem entrou em contato com os responsáveis pelo evento, mas eles não quiseram se pronunciar.

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