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Mãe de Da Vinci era escrava e foi libertada por pai do artista, diz pesquisador

Especialista em Renascimento da Universidade de Nápoles vai lançar livro 'Il Sorriso di Caterina'

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São Paulo

A mãe de Leonardo da Vinci (1452-1519), Caterina di Meo Lippi, foi escravizada durante anos até ter seu ato de liberdade assinado pelo pai do artista, Piero da Vinci, de acordo com o pesquisador Carlo Vecce.

Vecce, que é especialista em Renascimento e professor da Universidade de Nápoles, vai lançar o livro "Il Sorriso di Caterina" (O Sorriso de Caterina, em tradução livre), sobre a mãe de Da Vinci. O pesquisador disse que encontrou o "ato de libertação de escravidão" no arquivo de estado de Florença.

O documento foi apresentado nesta terça-feira (14) em conferência de imprensa na sede da editora italiana Giunti, na véspera do lançamento do livro.

Réplica do desenho feito por Leonardo da Vinci do Homem Vitruviano, em 1490, que estará na exposição Da Vinci Experiencie e Suas Invenções
Réplica do desenho feito por Leonardo da Vinci do Homem Vitruviano, em 1490, que eteve na exposição 'Da Vinci Experiencie e Suas Invenções' - Divulgação

Já se sabia que Leonardo era considerado um filho ilegítimo de Caterina e Piero e se estipulava que ela tivesse vindo do Oriente Médio, mas nada se sabia sobre sua condição de escrava. De acordo com o documento, Caterina ainda estava escravizada quando Da Vinci nasceu. Só ganharia sua liberdade quase sete meses depois, no dia 2 de novembro de 1452.

De acordo com a investigação de Vecce, Caterina nasceu na região do Cáucaso. Foi levada para a região do Mar de Azov, parte da Rússia, e depois para Constantinopla, pouco antes da queda do império Bizantino. De lá, foi levada para a Itália, onde passou por Veneza e Florença antes de chegar em Vinci.

A jovem era uma escrava da família de um homem chamado Donato e foi "emprestada" para a família de Piero para cuidar de Maria, uma de suas filhas. As descobertas de Carlo Vecce devem ser algo de escrutínio por outros especialistas em Renascimento daqui para frente.

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