Morre Pierre Lacotte, célebre coreógrafo e bailarino francês, aos 91 anos

Último trabalho do artista foi adaptação do romance 'O Vermelho e o Negro', para a Ópera de Paris em 2021

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Paris | AFP e São Paulo

Conhecido por suas adaptações de balés do século 19 para as maiores companhias do mundo, o coreógrafo francês Pierre Lacotte morreu nesta segunda-feira (10), aos 91 anos — disse sua esposa, a bailarina Ghislaine Thesmar, à AFP.

"Nosso Pierre nos deixou às 4h da manhã", afirmou Thesmar, especificando que ele faleceu em uma clínica em Seyne-sur-Mer (sul da França), por uma septicemia, após a infecção de um ferimento.

O coreógrafo francês Pierre Lacotte, em 2022, no Teatro Bolshoi, em Moscou - AFP

"É muito triste. Ainda estava cheio de projetos e escrevendo um livro", lamentou sua mulher, com quem era casado desde 1968.

Sua última criação foi em outubro de 2021, com quase 90 anos: a adaptação para o balé do romance "O vermelho e o negro", de Stendhal, para a Ópera de Paris.

"Ele amava a Ópera (de Paris), era sua única casa", acrescentou sua viúva.

Nascido em 4 de abril de 1932, nos arredores de Paris, Lacotte ingressou na escola da ópera parisiense em 1942 e se tornou dançarino principal em 1951.

Uma lesão no tornozelo obrigou-o, em 1968, a limitar suas atividades. Foi então que decidiu se concentrar nos antigos balés.

Entre outros, reconstruiu "La sílfide", o primeiro balé de pontas (1832), "Coppélia" (1870), "A filha do faraó" (1862), ou "Paquita" (1846), para alguns dos palcos mais prestigiados do mundo — do Bolshoi, de Moscou, ao Ópera, de Paris, passando pelo Mariinsky, de São Petersburgo, e Staatsoper, de Berlim.

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