Ex-baixista do The Smiths, Andy Rourke morre aos 59 anos de câncer no pâncreas

Guitarrista Johnny Marr anunciou a morte do colega, que ficou com os gigantes do pop britânico por toda a duração da banda

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Londres | AFP

Ex-baixista do grupo The Smiths, Andy Rourke morreu de câncer de pâncreas aos 59 anos, anunciou nesta sexta-feira (19) Johnny Marr, o ex-guitarrista da banda, uma das maiores do pop na década de 1980.

"Andy será lembrado como uma alma gentil e bela por aqueles que o conheceram e como um músico extremamente talentoso pelos fãs", afirmou Marr em sua conta no Instagram, ao lado de uma foto dos dois quando eram jovens.

Andy Rourke se apresenta como DJ em Nova York - Mike Coppola / Getty Images North America via AFP -25.out.14

Como Johnny Marr e Morrissey, o vocalista, eram a cara do The Smiths, Rourke ficou menos conhecido.

Nascido em 17 de janeiro de 1964, Rourke era o terceiro de quatro irmãos, todos homens. Os pais o presentearam com um violão quando ele tinha sete anos e pouco depois ele também começou a tocar baixo.

Ao lado do amigo de infância Marr, que conheceu na escola, ele formou a banda Freak Party.

Rourke não foi o primeiro baixista do The Smiths, mas entrou para o grupo britânico ainda no ano de formação, 1982. O conjunto de Manchester se tornou um dos mais influentes da década de 1980, com álbuns repletos de clássicos, como "Meat is Murder" (1985) e "The Queen is Dead" (1986).

A banda se separou em 1987. Rourke tocaria depois com Sinead O'Connor, The Pretenders, Aziz Ibrahim e Dolores O'Riordan, vocalista dos Cranberries, que morreu em 2018.

"Ele foi não apenas o baixista mais talentoso com quem já tive o privilégio de tocar, mas também o cara mais doce e engraçado que já conheci", afirmou Mike Joyce, ex-baterista do The Smiths.

Mat Osman, baixista do Suede, prestou homenagem a um "baixista raro, cujo som você poderia reconhecer imediatamente".

Após a separação dos Smiths, Rourke, envolvido em uma luta contra o vício em heroína, se uniu ao baterista Joyce para processar os dois ex-colegas de banda, Marr e o vocalista e compositor Morrissey, por uma parcela maior dos direitos autorais.

Um acordo foi alcançado e a amizade de infância entre o baixista e o guitarrista sobreviveu ao processo.

Morrissey foi muito virulento a respeito dos ex-colegas de banda por vários anos, antes de adotar um tom mais conciliador em sua autobiografia publicada em 2013.

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