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Palmirinha morava sozinha e tinha esperança de receber alta do hospital, dizem filhas

Durante velório da apresentadora, Sandra Bucci e Tânia Rosa falaram sobre os últimos desejos da mãe

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São Paulo

A apresentadora Palmirinha, morta neste domingo (7) aos 91 anos por complicações de problemas renais crônicos, ainda tinha esperanças de ser curada e retornar para casa, onde morava sozinha, com o auxílio de cuidadores e da filha, Sandra Bucci.

"Ela estava lutando muito e pedia: 'Sandra, é hoje que a gente vai sair do hospital. Fala com o médico'", disse Bucci durante o velório da mãe, nesta segunda-feira, no Cemitério do Morumby, na zona sul de São Paulo.

As filhas da Palmirinha, Tania Rosa, Nanci Balan e Sandra Bucci - Danilo Verpa/Folhapress

A apresentadora morou com a filha por cerca de oito anos, mas, a pedido da mãe, permitiu que ela tivesse "seu cantinho". Aos 90 anos, Palmirinha foi morar em um apartamento em frente ao prédio da filha, que a visitava diariamente e tinha ajuda de cuidadores 24 horas.

Tânia Rosa, outra filha da apresentadora, diz que a mãe pedia para trabalhar até nos últimos dias de vida. "Ela dizia: 'Será que tem alguma gravação? Tem alguma para eu fazer? Eu preciso ficar boa logo.'"

Durante o velório, Bucci disse que a mãe lutou com todas as forças contra a doença. "Mas ela não conseguiu. A única batalha que não conseguiu vencer foi a doença. Mas ela viveu muito plenamente e fez tudo o que quis. Ela deixa uma lição de força para a gente."

Palmirinha estava internada no Hospital Alemão Oswaldo Cruz, em São Paulo, desde 11 de abril, informou a família em uma publicação no Instagram da apresentadora. Ela deixa três filhas, seis netos e seis bisnetos.

Paulista de Bauru, Palmira Nery da Silva Onofre, a Palmirinha Onofre, começou a trabalhar na TV aos 62 anos, e foi abraçada pelo público ao mostrar que sabia rir de si e dos erros de concordância de português que cometia à beira do fogão, assim como dos lapsos de memória diante das câmeras.

A fama, no entanto, começaria pela Record, no Note e Anote, de Ana Maria Braga, com quem contracenou entre 1993 e 1998. Não recebia salário, mas fazia o seu merchan, como contou a Marília Gabriela em entrevista ao SBT em 2012.

Em troca das performances de Palmirinha, Ana Maria fazia propaganda dos trabalhos da colega fora da televisão, como os cursos de culinária que ela ministrava, e divulgava os contatos que os telespectadores poderiam usar para fazer encomendas de seu menu.

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