Principais estreias de cinema desta semana e duas das maiores do ano, "Barbie" e "Oppenheimer" chegam ao Brasil dominando o parque exibidor. Cerca de 80% das salas do país estão reservadas para sessões dos longas americanos, e o primeiro tem três vezes mais telas que o segundo.
A trama sobre a boneca da Mattel, estrelada por Margot Robbie e dirigida por Greta Gerwig, estreia nesta quinta-feira (20) com exibição em 2.056 salas de 767 cinemas. Já o drama de Christopher Nolan sobre o criador da bomba atômica ocupa 710 salas em 511 endereços.
Ambos têm a seu favor o bom relacionamento com o público mainstream, o que os tornou atraentes para multiplexes e cinemas de shopping, e com aquele considerado mais cult, normalmente afeito a filmes menores, o que garantiu salas em cinemas de rua mais voltados a obras autorais, como o Espaço Itaú de Cinema da rua Augusta e o Cine Marquise, em São Paulo.
Divulgados pelo braço da Warner Bros. no Brasil, responsável pelos lançamentos de "Barbie" e "Oppenheimer", produzido pela Universal, os os dados equivalem a 60,45% e 20,87% das salas de cinema em território nacional. Segundo o último levantamento da Ancine, a Agência Nacional do Cinema, o Brasil tinha 3.401 salas de cinema até o fim do ano passado.
Sobra pouco espaço para produções menores e nacionais. Entre as que resistem estão as infantis "Brichos 3" e "Os Aventureiros: A Origem", que têm público diferente daquele mirado por "Barbie" e "Oppenheimer".
A estreia simultânea dos dois filmes ainda gerou memes nas redes sociais, que destacaram o contraste entre as duas tramas —enquanto "Barbie" é uma comédia açucarada e cor-de-rosa, "Oppenheimer" é densamente niilista.
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