Mulheres na cultura ganham menos que homens e maioria é branca no setor

Relatório do Itaú Cultural aponta que foram criadas 123 mil vagas no setor no último ano, refletindo avanço da economia

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São Paulo

Um levantamento do Observatório do Itaú Cultural divulgado nesta segunda-feira aponta que a economia criativa gerou 123 mil novos postos de trabalho —a maioria formais— nos primeiros três meses de 2023, em comparação com igual período do ano passado.

O aumento segue a tendência da economia como um todo, que registrou crescimento de 3% no número de postos de trabalho nos 12 meses encerrados em março, aponta o relatório.

O DJ americano Skrillex se apresenta no Lollapalooza, em São Paulo - Adriano Vizoni -26.mar.2023/Folhapress

Nas áreas pesquisadas pelo Itaú Cultural, o maior crescimento de vagas se deu no segmento de tecnologia, com a criação de 107 mil vagas. Ao todo, o setor das indústrias criativas emprega 7,2 milhões de pessoas.

"Os dados mostram a relevância da indústria criativa para a geração de emprego e renda no país", diz Eduardo Saron, presidente da Fundação Itaú.

Os trabalhadores do setor criativo que se declaram brancos somam 57%, enquanto os pretos são apenas 9% do total. Pardos constituem 33% e cerca de 2% englobam indígenas e asiáticos.

A paridade de homens e mulheres é mais ou menos a mesma, mas elas recebem salários menores que eles. Já os brancos de ambos os gêneros ganham mais do que os trabalhadores pardos e pretos.

A economia criativa engloba os segmentos de moda, atividades artesanais, editorial, cinema, rádio e TV, música, desenvolvimento de software e jogos digitais, serviços de tecnologia da informação dedicados ao campo criativo, arquitetura, publicidade e serviços empresariais, design, artes cênicas, artes visuais, museus e patrimônio.

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