Como gangues na Suécia lavam dinheiro manipulando downloads no Spotify

Grupos usam ganhos no tráfico e em assassinatos para financiar sucesso de artistas, com pagamentos de mais de R$ 26 mil

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São Paulo

Núcleos criminosos na região da Suécia vem utilizando o Spotify para lavar dinheiro. De acordo com o jornal local Svenska Dagbladet, esses grupos redirecionam os ganhos em tráfico de drogas, roubos, fraudes e assassinatos em downloads falsos de músicas feitas por artistas ligados ao crime.

A investigação do veículo confirmou a operação com quatro membros de gangues localizadas em Estocolmo e a partir de dados fornecidos pela polícia sueca.

O logo do Spotify - Lionel Bonaventure/AFP

De acordo com o Dagbladet, a lavagem de dinheiro envolve a conversão dos ganhos em criptomoedas bitcoin, que por sua vez pagam terceiros para gerar os downloads falsos. Os informantes declaram que um milhão de downloads no serviço de streaming gera um pagamento entre US$ 3.600 e US$ 5.400 —ou R$ 17.800 e R$ 26.800, respectivamente.

Em declaração oficial sobre o caso, o Spotify declara que o esquema é "um desafio para toda a indústria" e que no momento trabalha para resolver a situação internamente.

Os enfrentamentos entre gangues afetam o dia a dia da Suécia já há alguns anos. No ano passado, a polícia sueca documentou 90 ataques com explosivos e 391 tiroteios no país, bem como 62 mortos em decorrência dos crimes.

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