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Cinemateca exibe filme sobre o rio Amazonas redescoberto depois de um século perdido

Sessão especial na semana que vem em São Paulo será aberta ao público e seguida por debate sobre o diretor Silvino Santos

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São Paulo

O filme "Amazonas, O Maior Rio do Mundo", do cineasta luso-brasileiro Silvino Santos, será exibido pela primeira vez no Brasil após ter sido redescoberto em Praga, na República Tcheca, no início deste ano.

Com apoio da Folha e do Arquivo Nacional de Cinema da República Tcheca, a sessão especial acontecerá na Cinemateca Brasileira no dia 22 de novembro, às 20h, e será gratuita e aberta ao público, que deve retirar os ingressos uma hora antes.

Considerado o primeiro longa-metragem gravado na Amazônia, em 1918, o filme era considerado perdido desde meados dos anos 1930, depois que Propércio de Mello Saraiva, um colega de equipe de Santos, mudou o título da produção e a vendeu para a Europa.

Dois homens sobre uma canoa remam no rio Amazonas enquanto carregam uma muda de árvore
Cena do filme 'Amazonas, O Maior Rio do Mundo', de Silvino Santos, considerado o primeiro longa a rodar na região amazônica - Divulgação/Cinemateca Brasileira

Erroneamente catalogados como um filme americano de 1925, os arquivos foram reencontrados no Arquivo Nacional de Cinema da República Tcheca, que confirmou a descoberta com a Cinemateca Brasileira neste ano.

O filme percorre as regiões pelas quais passa o rio Amazonas, com imagens da fauna, da flora e de comunidades que ali vivem, além de mostrar variadas indústrias que existem no local, como a da borracha, da pesca, da castanha-do-pará e até de penas de garça.

Silvino Santos é reconhecido como um dos maiores realizadores de não ficção do país, tendo como trabalho mais famoso o documentário "No Paiz das Amazonas", de 1922.

"Amazonas, O Maior Rio do Mundo" e a obra de Santos serão discutidos após a sessão em um debate com Sávio Luís Stoco, professor da Universidade Federal do Pará e especialista no cineasta luso-brasileiro, Eduardo Morettin, professor de história do cinema na Universidade de São Paulo, e Klára Trsková, curadora de cinema do Arquivo Nacional de Cinema da República Tcheca.

A mediação será feita por Giuliana de Toledo, editora de Ambiente da Folha.

O documentário, que foi exibido pela primeira vez em outubro nas Giornate del Cinema Muto, o Festival de Cinema Mudo de Pordenone, na Itália, e ainda passará pelas cidades de João Pessoa, em 1º de dezembro, Rio de Janeiro, em 7 de dezembro, Fortaleza, em 22 de dezembro, e Manaus, em 29 de dezembro. Haverá ainda uma sessão em Lisboa, em Portugal, no ano que vem.

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