Paul McCartney faz do Mané Garrincha um karaokê em show da turnê em Brasília

Cantor desfilou hits dos Beatles e da carreira solo na apresentação que abriu passagem de 'Got Back' pelo Brasil

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Brasília

No estádio Mané Garrincha, em Brasília, o clima de karaokê com um desfile de hits dos shows de Paul McCartney foi aberto com "Can't Buy Me Love". O astro do rock está de volta ao Brasil com sua nona turnê no país, numa apresentação que começou pouco antes das 21h e durou cerca de três horas nesta quinta-feira (30).

O músico foi acompanhado aos gritos e palmas por um público animado, que tem comentado a chegada dele à capital desde terça-feira (28), quando fez um show surpresa para poucas centenas de fãs.

Paul McCartney no primeiro show da turnê 'Got Back' no Brasil, em Brasília - Pedro Ladeira/Folhapress

A turnê "Got Back" passeia por cerca de 40 músicas de sua carreira. Boa parte delas dos Beatles, mas também da carreira solo e outras do Wings, banda que montou nos anos 1970. Logo no começo da apresentação, o público acompanhou extasiado a "Letting Go".

Aos 81 anos, o ex-Beatle relembrou o quarteto com músicas como "Getting Better", "Let It Be" e "Blackbird"— uma das poucas em que Paul ficou sozinho no palco, e toca em cima de uma plataforma que deixou o músico ainda mais elevado.

"In Spite of All the Danger", primeira gravação do grupo que viria a se tornar os Beatles, abriu uma sequência retrô seguida de "Love Me Do", canção que lançou a banda de Liverpool.

Já na reta final do show, "Ob-La-Di, Ob-La-Da" agitou o público de vez para uma sequência de hits que passou por "Get Back", acompanhada no telão por imagens do fascinante documentário, dirigido por Peter Jackson, sobre os bastidores da produção do álbum "Let It Be" e "Live and Let Die", apresentada de forma estrondosa com fogos de artifício tanto no palco como na parte superior do Mané Garrincha, visíveis para o público de fora.

Como é tradição nas turnês, Paul celebrou os companheiros da banda que já morreram. John Lennon foi celebrado com "I’ve Got a Feeling", numa espécie de dueto virtual com a voz do músico, e também em "Here Today", uma canção já da carreira solo de Paul em homenagem ao ex-Beatle e que relembra a relação dos dois. Já o guitarrista George Harrison, morto em 2001, é lembrado em "Something".

Com "Hey Jude" puxou, como de costume, o coro mais alto da noite para fechar o show antes de voltar para o bis, com um momento de cantoria só dos homens e outro só das mulheres —interações adoradas pela plateia.

Também mantém suas conversas simpáticas com os fãs com textinhos em português durante toda a apresentação, recorrente em suas turnês por aqui. Nas redes sociais, em particular, repercutiu muito o "boa noite, véi", que soltou na abertura do show.

O ex-Beatle não voltava ao país desde que se apresentou em 2019 com a turnê "The Freshen Up Tour", e chegou agitando Brasília com o show surpresa no Clube do Choro, na capital.

Na casa de shows projetada por Oscar Niemeyer, poucas centenas de pessoas viram a apresentação de pouco mais de uma hora, que deu um gostinho de como seria o show no Mané Garrincha dois dias depois.

Os celulares lacrados durante essa primeira apresentação, para que não houvesse registros da plateia, conferiram ainda mais exclusividade ao espetáculo histórico na capital na terça.

O músico voltou ao palco do Mané Garrincha depois de "Hey Jude" para fechar a noite com mais sete canções, como "Sgt. Pepper's Lonely Hearts Club Band". A despedida ficou com a trinca formada por "Golden Slumbers", "Carry That Weight" e "The End", as gravações de final do último álbum dos Beatles, "Abbey Road".

Agora, Paul segue para Belo Horizonte, com shows no próximo domingo e segunda. Ainda fará, em seguida, apresentações em São Paulo e Curitiba, encerrando no Rio de Janeiro, em 16 de dezembro, no Maracanã, mesmo lugar onde tocou para mais de 180 mil fãs num show histórico em 1990.

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