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Gustavo Zeitel

Usher e Alicia Keys fazem show morno com 'strip-tease' durante o Super Bowl

Dupla dividiu o hit 'My Boo', lançado ainda nos anos 2000, em show que ainda teve participação do rapper Lil Jon e Ludacris

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São Paulo

O cantor Usher reverenciou a herança da música negra americana em seu show, a principal atração do intervalo do Super Bowl, a grande final do campeonato de futebol americano, que ocorreu na noite deste domingo em Paradise, perto de Las Vegas, nos Estados Unidos.

O show, que enfileirou 14 hits do cantor em apenas 12 minutos, deu destaque à participação de Alicia Keys, que surgiu, para os espectadores, numa ampla tomada aérea, tocando sentada um piano tão vermelho quanto sua roupa.

Alicia Keys e Usher no Super Bowl - REUTERS

No Super Bowl, maior evento esportivo americano que atrai o interesse de diversos setores da economia, é uma tradição que grandes estrelas da música se apresentem no intervalo. Neste ano, o título foi disputado entre os Kansas City Chiefs e os San Francisco 49ers. O primeiro, que tem no time Travis Kelce, o namorado de Taylor Swift, saiu como o grande vencedor da noite —o casal se beijou no final, o que parte da imprensa de celebridades comparou a um conto de fadas.

Romance à parte, foi um show carnavalesco. A câmera encontrou Usher no centro do palco, vestido de branco. Ao seu redor, apareceu um imenso corpo de baile, que reluzia em plumas e paetês, ternos que brilhavam, lembrando a ambição de glamour da noite. Nessa atmosfera, Usher fez um longo pot-pourri, que incluiu "Spotlight" e culminou na aparição de Alicia Keys.

Ela entoou seu sucesso "If I Ain’t Got You" e, em seguida, dividiu "My Boo", com Usher, o grande hit dos dois. O ponto alto virou um "strip-tease" de Usher —o cantor é agora modelo de cuecas da marca Skims, de Kim Kardashian, que estava na plateia do jogo. Depois, trouxe H.E.R, num traje de látex, dedilhando uma guitarra vermelha no acompanhamento da faixa "Bad Girl".

Foram momentos singelos para quem acompanha Usher, mas, mesmo com "Yeah!", seu maior hit, o show não engatou. Foi morno e não transmitiu a grandiosidade que se esperava da apresentação. Outros parceiros que tiveram alguns segundos de tela foram os rappers Lil Jon e Ludacris. O primeiro cantou "Turn Down for What", que se popularizou como meme.

Shows no Super Bowl viraram marcos nas carreiras de outros artistas, como foi com Beyoncé, cantando "Formation", em 2020, ou Rihanna, no ano passado, em que apareceu grávida. Usher despontou no mercado musical há três décadas, quando tinha só 14 anos, lançando um disco que levava o seu nome.

O segundo álbum veio cinco anos depois. "My Way" emplacou o hit "You Make Me Wanna" e disputou paradas de sucesso com Elton John. Em "Confessions", lançado há 20 anos, Usher consolidou o seu estilo, com baladas arrastadas e sensuais, que versam sobre casos amorosos. Não à toa, é nesse trabalho que surge "Yeah", seu maior sucesso, conhecido mundialmente, e que teve uma repercussão especial no Brasil. Do mesmo disco, consta "My Boo".

Outra canção importante para o artista. Desde então, ele lançou outros seis álbuns —"Here I Stand", "Raymond v. Raymond", "Looking 4 Myself", "Hard II Love" e "A". Não foi a estreia de Usher no Super Bowl. Em 2011, ele fez show com o grupo Black Eyed Peas. O mundo do esporte, aliás, não é estranho para ele, que é um dos donos do time de basquete Cleveland Cavaliers.

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