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Adélia Prado vence o prêmio Machado de Assis, da Academia Brasileira de Letras

Escritora mineira de 88 anos, uma das maiores poetas vivas, recebe valor de R$ 100 mil pelo conjunto da obra

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São Paulo

A poeta mineira Adélia Prado é a vencedora do Prêmio Machado de Assis, oferecido pela Academia Brasileira de Letras anualmente em celebração ao conjunto da obra de escritores nacionais.

mulher idosa e grisalha posa com roupa preta em frente a espelho de camarim
A poeta mineira Adélia Prado durante visita a São Paulo em 2014 - Bruno Poletti/Folhapress

Prado é uma das maiores poetas vivas do Brasil, e, aos 88 anos, ainda está em plena atividade, prestes a lançar "Jardim das Oliveiras" no segundo semestre deste ano.

A coletânea será publicada pela Record depois de a autora passar pelo que chamou de "deserto criativo" desde a edição de seu último livro, "Miserere", mais de dez anos atrás.

O prêmio de R$ 100 mil que vem com a distinção da ABL celebra os mais de 20 livros publicados por Prado numa carreira que cobre mais de cinco décadas e aborda, entre prosa e verso, as mais diversas temáticas relativas a sexo, religião, natureza e morte.

Esta não é a primeira vez em que a autora recebe uma premiação pelo conjunto de sua obra. Em 2016, por exemplo, ela se tornou a primeira mulher a vencer nesta categoria no Prêmio Governo de Minas Gerais de Literatura.

Prado também já foi indicada para a ABL em 2001, por um grupo de personalidades que desejavam que ela ocupasse a vaga deixadapor Jorge Amado, mas Zélia Gattai, a viúva do escritor, acabou escolhida para a cadeira. A mineira nunca foi eleita imortal, apesar da amplidão deseu reconhecimento público.

O prêmio Machado de Assis será entregue em 19 de julho, data de aniversário da ABL.Um dos mais tradicionais louros da literatura brasileira, batizado em homenagem a um dos fundadores da instituição, o prêmio é distribuído desde 1941. No ano passado, a ganhadora a escritora foi Marina Colasanti —depois de 20 anos sem mulheres premiadas, a ABL celebra escritoras por dois anos seguidos.

Antes de Colasanti, a última mulher escolhida para receber o prêmio foi Ana Maria Machado, também reconhecida pela literatura infantil e uma das raras mulheres imortais da Academia hoje.

Nos últimos anos, o prêmio reconheceu autores como Roberto DaMatta, João José Reis, Ignácio de Loyola Brandão, Silviano Santiago e Ruy Castro, este colunista da Folha. Ao longo da história, receberam a distinção alguns dos nomes formativos da literatura do país, como Cecília Meireles, Guimarães Rosa, Rachel de Queiroz e Érico Verissimo.

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