A Apple anunciou nesta terça-feira (27) um novo iPad que funciona com a caneta Apple (antes compatível apenas com o iPad Pro) e que tem como objetivo abocanhar uma fatia maior do mercado de educação americano. A empresa, no entanto, não reduziu o preço do tablet, apesar da competição acirrada com laptops mais baratos.

O dispositivo terá um chip de computação mais potente e novos recursos de software para professores e alunos, mas manterá o preço inicial nos EUA de US$ 299 (R$ 990) para estudantes e US$ 329 (R$ 1.100) para o público em geral.

A Apple tenta reafirmar seu domínio nas escolas dos EUA, onde dispositivos e laptops baratos voltados para o uso em sala de aula são vistos como uma forma de atrair jovens consumidores.

Laptops que rodam o sistema operacional do Google, da Alphabet, ou da Microsoft podem ser adquiridos por menos de US$ 200 (R$ 660).

Alguns analistas acreditavam que a Apple poderia cortar os preços, mas a empresa manteve sua abordagem mais tradicional de adicionar recursos em um dispositivo e manter seu preço mínimo.

PREÇO E CONFIGURAÇÃO

O aparelho começou a ser vendido nesta terça em 25 países. A expectativa é que o novo modelo do tablet chegue ao Brasil em abril ou maio.

Nesta terça, o site da Apple informava preços de R$ 2.499 a R$ 3.699 no Brasil.

A versão mais barata e com apenas conexão wi-fi virá com 32 GB. Se o usuário quiser mais espaço, terá de pagar R$ 2.999. Já as opções com wi-fi e 3G/4G serão vendidas por R$ 3.199 (32 GB) e R$ 3.699 (128 GB).

O aparelho, de 9,7 poleggadas, tem processador Apple A10 (o do iPhone 7), uma bateria que dura dez horas, câmera traseira de 8 MP e frontal de 1,2 MP.

O evento de lançamento, em Chicago, aconteceu durante a temporada de compras da primavera no hemisfério Norte, quando muitas escolas tomam decisões de aquisições.

A empresa também lançou nova versão de seus aplicativos de processamento de texto para o iPad, desenhado para funcionar com a caneta e permitir que alunos anotem a mão com mais facilidade.

As vendas de iPads representaram 8,3% da receita total de US$ 229,2 bilhões da Apple em 2017, em comparação com os quase 62% das vendas geradas pelo iPhone.