Economia global terá crescimento mais forte em 7 anos, diz OCDE

Organização alertou, porém, que uma guerra comercial pode ameaçar o cenário

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O presidente francês, Emmanuel Macron (à esq.), a chanceler alemã, Angela Merkel, e o presidente dos EUA, Donald Trump
O presidente francês, Emmanuel Macron (à esq.), a chanceler alemã, Angela Merkel, e o presidente dos EUA, Donald Trump - John MacDougall/AFP
Paris | Reuters

A economia global registrará o crescimento mais forte em sete anos em 2018 graças à recuperação do comércio e do investimento, disse a OCDE ( Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico) nesta terça-feira (13), alertando ao mesmo tempo que uma guerra comercial pode ameaçar esse cenário melhor.

Ao atualizar seu cenário para as economias do G20, a OCDE elevou a projeção para o crescimento global tanto para 2018 quanto 2019 para 3,9% —nível mais alto desde 2011— ante estimativas anteriores de 3,6% para ambos os anos.

A melhora das projeções deve-se em parte às expectativas de que os cortes tributários nos Estados Unidos vão impulsionar a maior economia do mundo, disse a OCDE.

"Achamos que a economia mais forte está aqui para ficar nos próximos dois anos", disse o economista-chefe interino da OCDE, Álvaro Pereira. "Estamos voltando a circunstâncias mais normais do que vimos nos últimos 10 anos."

A recuperação do investimento empresarial global vai manter o crescimento do comércio em cerca de 5% neste ano, projetou a OCDE.

Entretanto, a organização afirmou que a economia global está vulnerável a uma escalada de tensões comerciais após a administração do presidente dos EUA, Donald Trump, ter adotado tarifas de importação sobre o aço e o alumínio.

"Isso pode obviamente ameaçar a recuperação. Com certeza acreditamos que esse é um risco significativo, portanto esperamos que isso não se materialize porque seria bastante prejudicial", disse Pereira.

A OCDE projeta que a economia dos EUA crescerá 2,9% neste ano e 2,8% em 2019, com os cortes tributários acrescentando 0,5 a 0,75 ponto percentual ao cenário em ambos os anos.

Diante disso, o Federal Reserve (banco central americano) provavelmente terá que elevar a taxa de juros quatro vezes neste ano com a aceleração da inflação, completou Pereira. Antes a OCDE previa três altas dos juros pelo banco central dos EUA.

Entre outras economias, o crescimento mais forte na França e na Alemanha melhorou o cenário para a zona do euro, cuja expectativa de crescimento passou a 2,3% neste ano e 2,1% em 2019. Anteriormente a OCDE via expansão de 2,1% e 1,9%, respectivamente.

Para o Brasil, as expectativas também melhoraram, com projeção agora de uma expansão de 2,2% nste ano, contra 1,9% antes. Para 2019 a melhora foi de 0,1 ponto percentual, a 2,4%.

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