Indústrias calçadista e têxtil puxam criação de 77,8 mil vagas em janeiro

Setor criou 49,5 mil vagas com carteira; construção criou 14,9 mil postos 

Carteira de trabalho
Carteira de trabalho - Gabriel Cabral/Folhapress
Maeli Prado
Brasília

A indústria de transformação foi o setor que mais gerou vagas com carteira assinada em janeiro, com 49,5 mil empregos criados, melhor resultado para o mês desde 2011.

Esse número foi influenciado principalmente pelas indústrias calçadista (+11,1 mil empregos), têxtil (+8,2 mil) e metalúrgica (+5,5 mil), mas todos os segmentos do setor tiveram saldo positivo entre contratações e demissões. 

Os dados da geração formal de empregos no país, que costumam ser divulgados até o último dia do mês seguinte, foram publicados com atraso nesta sexta-feira (2) pelo Ministério do Trabalho. 

A pasta informou que, com a recuperação da economia, o Brasil criou 77,8 mil postos de trabalho formais no mês retrasado no balanço de todos os setores, melhor resultado para meses de janeiro desde 2012.

O segundo setor que mais criou vagas com carteira foi serviços, onde esse balanço foi positivo em 46,5 mil vagas. Nesse caso, o destaque ficou por conta dos serviços técnicos e dos ligados a comércio, administração e imóveis, com 22,9 mil vagas geradas. 

A agricultura gerou 15,6 mil empregos formais no período, enquanto a construção civil, setor que mais vinha demorando a reagir, criou 14,9 mil postos.

Já o comércio, que tradicionalmente elimina vagas em janeiro, teve um saldo negativo de 48,7 mil empregos no período, um quadro melhor do que o do ano passado, quando as demissões superaram as contratações em 60 mil.

POR REGIÃO

As regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste foram, nesta ordem, as que mais criaram empregos. Os números mostram saldos positivos de, respectivamente, 46,7 mil, 21,9 mil e 20,4 mil.

Já o Nordeste e o Norte foram as regiões que mais perderam vagas, com 6 mil e 5,2 mil empregos formais a menos no período. 

 

REFORMA TRABALHISTA

A pasta informou ainda os resultados das novas modalidades de trabalho, criadas pela reforma trabalhista. 

A criação de vagas formais do trabalho intermitente, no qual o trabalhador ganha por hora e é convocado com três dias de antecedência, foi de 2,4 mil, montante um pouco abaixo do registrado em dezembro, quando 2,5 mil empregos foram criados nessa modalidade.A

s vagas de assistente de vendas responderam pela maior parte da criação de postos dessa categoria, representando 17,6% do total.

Já a jornada parcial de trabalho criou 1,4 mil vagas no mês retrasado. Em dezembro, o saldo foi negativo em mil vagas.

Segundo o Caged, os desligamentos por acordo alcançaram 9,3 mil em janeiro. O número havia sido de 5,8 mil em dezembro de 2017.

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