Descrição de chapéu Fórum Econômico Mundial

Startups de US$ 1 bilhão devem surgir em até cinco anos na América Latina

Previsão foi dada por investidores e empresas de tecnologia no Fórum Econômico Mundial

São Paulo

Um painel de investidores e startups de tecnologia da América Latina, reunido pelo Fórum Econômico Mundial, lançou a previsão de que em três a cinco anos devem surgir os novos "unicórnios" da região.

Em tecnologia, unicórnios são as jovens empresas que conseguem valorização superior a US$ 1 bilhão.

Hernan Kazah no Fórum Econômico Mundial em São Paulo
Hernan Kazah no Fórum Econômico Mundial em São Paulo - REUTERS

O argentino Hernan Kazah, cofundador e sócio-diretor do fundo de investimento Kaszek Ventures, afirmou que a partir de 2010 "começaram a emergir empresas muito interessantes" na região, em especial no Brasil.

Creditou a retomada aos chamados Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul). "Foi muito devido ao Brasil, porque o conceito Brics trouxe muito capital ao país e depois se expandiu ao resto da região."

Segundo ele, o mercado brasileiro ainda "está num nível acima, pelo tamanho e pelo nível de desenvolvimento", mas de maneira geral "o ecossistema latino-americano está infinitamente mais desenvolvido do que há 15 anos", quando ele começou no setor.

Kazah lembrou que surgiram então "algumas empresas, MercadoLibre, PagSeguro", mas que depois a região viveu um "inverno nuclear" vindo das crises dos EUA na primeira década deste século.

"Estamos fazendo 'catch-up' [tentando se recuperar] desse inverno", afirmou o mexicano Enrique Ortegón, diretor para a América Latina da Salesforce, empresa de tecnologia sediada em San Francisco, nos EUA.

Ortegón e os demais debatedores questionaram seguidamente o título da mesa (O Próximo Unicórnio Latino) e "a mítica marca de US$ 1 bilhão", por se vincularem mais à realidade americana, distante das necessidades e oportunidades da América Latina.

De todo modo, as áreas mais promissoras para os futuros unicórnios regionais, pelo que se falou no debate, seriam comunicação, saúde, serviços financeiros, pagamentos e comércio eletrônico.

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