Privatização da Eletrobras só ocorrerá com aval do Congresso, diz Marun  

Ministro diz que novo decreto explicitará necessidade de apoio de parlamentares   

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Vista aérea da barragem da usina hidrelétrica de Furnas, em Minas Gerais - Paulo Whitaker - 14.jan.13/Reuters
Brasília

O ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun, afirmou nesta segunda-feira (16), após reunião com o ministro da Fazenda, Eduardo Guardia, que o governo irá elaborar um novo decreto "ou algo semelhante" deixando claro que a privatização da Eletrobras não tirará do Congresso a decisão final sobre o processo.

"Conversamos sobre Eletrobras, para que seja elaborado algum tipo de dispositivo, um decreto ou algo semelhante, mas que deixe claro que o objetivo é a continuação das avaliações e dos estudos visando a capitalização da Eletrobras, e não qualquer tentativa de suplantarmos a posição do Congresso Nacional a respeito do assunto", afirmou.

Ele declarou ainda que haverá uma reunião no TCU (Tribunal de Contas da União) para discutir o leilão das distribuidoras da empresa, que antecede o processo.

A discussão em torno da privatização provocou um curto-circuito entre as áreas econômica e política do governo na semana passada.

O ministro Moreira Franco (Minas e Energia) afirmou que seria publicado um decreto incluindo a empresa no Programa Nacional de Desestatização, ato legal necessário para iniciar os estudos técnicos para a venda de ações da empresa.

Essa decisão foi encarada pelo Congresso como uma tentativa de tirar o peso dos parlamentares do processo. O decreto não saiu e pegou de surpresa o ministro Guardia.

"[O novo decreto ou dispositivo] será  vacinado em relação à capitalização, e não qualquer tentativa de ultrapassagem em relação ao Congresso", disse.
 

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