'Antes tarde do que nunca', diz Maia sobre redução de preço do diesel

Angela Boldrini
Brasília

Após a Petrobras anunciar redução de 10% do preço do diesel e congelamento do preço por 15 dias, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou que a estatal age "antes tarde do que nunca". 

Maia havia criticado na tarde desta quarta-feira (23) o que chamou de "letargia do governo". 

"E é bom que zere logo [a Cide], porque a população não pode ser afetada por essa letargia do governo federal. É uma letargia, uma falta de compromisso em dar solução para esses problemas", disse. 

A Câmara dos Deputados tenta votar na noite desta quarta o projeto de reoneração da folha de pagamento. 

O relator, Orlando Silva (PCdoB-SP) deve apresentar novo texto, aumentando para até 25 o número de setores que manterão a desoneração, na tentativa de conseguir acordo com lideranças partidárias. 

Também deve ser incluída a redução de 50% do PIS/Cofins.

O governo afirmou que zeraria a Cide (Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico) sobre o diesel só após a aprovação da reoneração, causando atrito com Maia. 

Ele se reuniu com representantes das associações de caminhoneiros nesta tarde. 

As medidas vêm como resposta à crise gerada pela greve dos caminhoneiros, que atinge nesta quarta 23 estados e tem provocado problemas de abastecimento pelo país. 

Há pontos de interdição em 23 estados, incluindo São Paulo, Minas Gerais, Espírito Santo e Paraná –este com 37 pontos de manifestação neste momento. Ao todo, são 253 focos de protesto.

A greve é organizada pela Abcam (Associação Brasileira dos Caminhoneiros), que representa motoristas autônomos –a paralisação não envolve veículos fretados.

Os caminhoneiros pedem mudanças na política de reajuste dos combustíveis da Petrobras (medida que o governo refuta) e redução da carga tributária para o diesel. 

   

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