Um representante de entidade de caminhoneiros apareceu em reunião de autônomos com o governador de São Paulo, acirrando ânimos no Palácio dos Bandeirantes neste domingo (27).
As divergências e descentralização reforçam as dificuldades de os governos estaduais e federal negociarem o fim da greve dos caminhoneiros, que chegou ao sétimo dia.
O ministro Carlos Marun cancelou sua vinda a São Paulo para participar do encontro e não há previsão de que entre nem por telefone.
Apresentando-se como José Roberto, da ANT (Associação Nacional de Transporte), disse que “representava a nível nacional essa paralisação dos meus irmãos”.
“Como eu sou o autônomo legítimo, eles me chamaram para que viesse representar a classe deles. Até então, os que foram convidados ninguém acatou como representantes”, afirmou José Roberto.
O motorista Bruno Rafael Oliveira Almeida rebateu. “O representante dos autônomos é a OAB, não precisa vir mais ninguém aqui”, protestou.
Almeida também não estava presente na reunião de sábado entre dez representantes de caminhoneiros autônomos e o governador Márcio França (PSB), intermediada pela OAB.
Almeida quis se encontrar com o governo para garantir o repasse do desconto do preço do diesel aos motoristas de caminhão.
“A garantia de congelamento [de preço] por 60 dias não cobre nosso custo de parada”, reclamou.
A discussão ocorreu na entrada da sala de reunião de França. A Folha presenciou um motorista autônomo pedir que o segurança do palácio impedisse a entrada do representante de entidade. “Ele só quer tumultuar”, disse o motorista, que não quis se identificar.
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