Adiamento do Google para aderir a padrões de anúncios da UE cria confusão

Experiência mostra como decisões do Google criam efeito cascata no setor de publicidade online

Mulher mexe em mouse com logos do Google e da União Europeia ao fundo
Mulher mexe em mouse com logos do Google e da União Europeia ao fundo - Dado Ruvic/Reuters
San Francisco | Reuters

O adiamento da entrada do Google em um consórcio de empresas de tecnologia publicitária prejudicou a adesão dos membros à nova lei europeia de privacidade, disseram à agência Reuters seis pessoas envolvidas no programa, deixando algumas empresas expostas a multas.

Os mais expostos são donos de sites e aplicativos financiados por anúncios, que, segundo o Google, têm a responsabilidade de obter consentimento para veicular anúncios direcionados para consumidores europeus.

A experiência mostra como as decisões sobre políticas do Google criam um efeito cascata no setor de publicidade online global de US$ 200 bilhões (cerca de R$ 780 bilhões), que é dominado pela Alphabet.

Os dados sobre a identidade de um visitantes de um site podem passar por uma dúzia de empresas de tecnologia de anúncios antes de um anúncio ser carregado, e cada um deve ter o consentimento do usuário ou outra base legal para acessá-lo sob o Regulamento Geral de Proteção de Dados da União Europeia (GDPR, na sigla em inglês).

Centenas de empresas de tecnologia de anúncios lançaram um software em conjunto um mês antes do GDPR entrar em vigor, em 25 de maio, para verificar o consentimento dos usuários antes de exibir anúncios. O Google informou em 22 de maio que não faria parte do programa do setor até agosto.

"Uma vez que o Google adote a estrutura de consentimento, grande parte da confusão começará a se acalmar um pouco", disse Walter Knapp, presidente-executivo da Sovrn Holdings.

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