As ações da Marfrig fecharam em forte queda hoje, de 9,30%, após a notícia de que a empresa fechou a venda da Keystone, distribuidora de alimentos à base de carnes para a americana Tyson Global. A notícia da venda já era aguardada pelo mercado há meses, mas o que desagradou investidores foi o preço.
A Marfrig ainda não fez o anúncio oficial da operação, mas as primeiras informações são de que a venda saiu a US$ 2,5 bilhões, valor inferior aos US$ 3 bilhões inicialmente previstos. Para uma empresa como a Marfrig, que arquitetou a venda para reduzir seu nível de endividamento, US$ 500 milhões fazem muita diferença.
Nesta semana, a equipe de análise do BTG Pactual já havia avaliado que o negócio seria um dos únicos fatores com potencial para impulsionar as ações da Marfrig no curto prazo —mas tudo dependeria do total arrecadado com a venda.
Hoje, a equipe do Itaú BBA divulgou um comentário a seus clientes afirmando que a diferença do preço, de US$ 500 milhões, deverá levar a relação entre a dívida líquida empresa e seu ebitda a 3 vezes. A meta da Marfrig é levar essa relação a 2,5 até o fim do ano. .
Por essa razão, o Itaú BBA não alterou a recomendação para as ações da empresa, que é "underperform", ou abaixo da média do mercado. "Para mudarmos de opinião, teremos de ver uma forte geração de caixa da empresa, acompanhada da redução da dívida líquida nos próximos meses, momento em que a empresa trabalha na consolidação da National Beef (adiquirida em março). Mas agora não temos razões para apostar nesse cenário", dizem os analistas.
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