Descrição de chapéu Eleições 2018

É factível, diz Paulo Guedes sobre zerar déficit no primeiro ano de governo

De acordo com o Orçamento de 2019, a previsão é de rombo de R$ 139 bilhões nas contas públicas

Talita Fernandes
Rio de Janeiro

Anunciado ministro da Economia pelo presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL), Paulo Guedes afirmou na noite deste domingo (28) que é 'factível' zerar o deficit já no primeiro ano de governo.

A medida está entre as propostas apresentadas por Bolsonaro no programa de governo entregue à Justiça eleitoral no início da campanha.

"Nós vamos tentar, nós vamos tentar. É factível, claro que é factível", disse, acrescentando que é necessário fazer o controle de gastos públicos.

De acordo com o Orçamento de 2019, a previsão é de um déficit de R$ 139 bilhões nas contas públicas.

Guedes evitou aceitar o título de ministro, afirmando que falta ainda um convite de Bolsonaro.

"Só posso falar depois de me convidar."

O economista comemorou o resultado das urnas: "É uma celebração, é uma democracia".

MERCOSUL

Guedes disse ainda que o Mercosul não será prioridade nas relações comerciais do Brasil. "A prioridade não é o Mercosul", afirmou.

O economista criticou o bloco, que classificou como ideológico e disse que as relações comerciais são restritas a países 'bolivarianos'.

"O Brasil ficou prisioneiro de alianças ideológicas e isso é ruim para a economia", disse. "Não seremos prisioneiros de relações ideológicas. Nós faremos comércio com o mundo todo."

Guedes mostrou-se irritado com questionamentos sobre o Mercosul. Ele disse classificou de 'mal feita' pergunta de uma repórter do jornal argentino Clarín, sobre se haveria rompimento com o bloco. 

"De novo, pergunta mal feita. A pergunta é a seguinte: eu só vou comercializar com Venezuelana, Bolívia e Argentina? Não", disse, em referência equivocada sobre os países que compõem o Mercosul.

O bloco é, na verdade, formado por Argentina, Brasil, Uruguai, Paraguai e Venezuela, estando o último suspenso desde dezembro de 2016. 

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