Grupo que controla Cartier e Montblanc fecha acordo com dona do Aliexpress

Richemont tenta ganhar espaço no mercado de compras online chinês

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Reuters

A Richemont, terceiro maior grupo de marcas de luxo do mundo, está se unindo à Alibaba, grupo chinês dono do AliExpress, para tentar ganhar espaço no mercado de compras online chinês.

A China é potencialmente um grande impulsionador de crescimento para empresas de luxo, mas que se mostrou difícil para marcas estrangeiras atuarem sozinhas.

A parceria contará com ofertas do Yoox Net-a-Porter Group (YNAP), o varejista online da suíça Richemont, para os consumidores chineses, disseram as empresas.

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Abertura da loja Cartier, em Xangai, China, em 2004 - Getty Images

O YNAP e a Alibaba lançaram, sob uma joint venture, aplicativos no país para a loja multimarcas Net-a-Porter e para o especialista em moda masculina Porter.

Os consumidores chineses representam um terço de todas as compras de artigos de luxo do mundo. Muitos ainda compram relógios caros, joias e roupas em viagens ao exterior, mas cada vez mais chineses gastam mais em casa, estimulados, parte, pelo nivelamento dos preços, que costumavam ser muito maior na China.

Os negócios online estão mudando na China, levando os fabricantes de luxo a considerar alianças em um mercado onde os clientes confiam em aplicativos locais de mídia social e plataformas de varejo, como o Tamall ou o Taobao, da Alibaba.

No ano passado, a JD.com, e-commerce número dois da China, investiu cerca de US$ 400 milhões na varejista de moda Farfetch para ajudar a aumentar seu alcance no mercado, também por meio de uma parceria.

Trabalhar com a Richemont também dá peso à tentativa da Alibaba de criar um nicho na indústria do luxo.

A empresa lançou o site especializado Luxury Pavilion no ano passado, rivalizando com a Toplife, um empreendimento similar da JD.com. A plataforma também hospedará a Net-A-Porter e o Sr. Porter, juntamente com dezenas de marcas de Burberry à Hugo Boss.

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