Descrição de chapéu Eleições 2018

Vitória de Bolsonaro no 1º turno será surpresa, diz banco Goldman Sachs

Outro resultado que deve surpreender é se Haddad obtiver mais de 26% dos votos

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São Paulo

A vitória no primeiro turno  do candidato à Presidência Jair Bolsonaro (PSL) seria considerada uma situação surpresa, segundo relatório do banco de investimento Goldman Sachs sobre as eleições brasileiras deste ano.

De acordo com o documento, o investidor também deve se surpreender se o capitão reformado obtiver mais 44% dos votos válidos ou se superar em mais de 15 pontos percentuais o segundo colocado.

Mas não é apenas sobre o candidato do PSL que o relatório desenha situações que diz serem surpreendentes. Segundo o banco, também seria inesperado se o candidato do PT, Fernando Haddad, conseguir mais de 26% ou menos de 20% dos votos neste domingo (7).

O mesmo ocorreria se Ciro Gomes (PDT) e Marina Silva (Rede) tiverem, juntos, mais de 20% ou menos de 10% dos votos válidos.

No caso do candidato Geraldo Alckmin (PSDB), a surpresa viria se o tucano tiver menos de 5% ou mais de 12% dos votos.

No relatório, divulgado nesta sexta-feira (5), o banco de investimentos afirma que a campanha eleitoral deste ano foi altamente polarizada, cheia de surpresas e carregada de emoção.

Além disso, diz que o pano de fundo foi um sentimento contrário às estruturas políticas tradicionais, vistas como corruptas e egoístas. A polarização tradicional entre PSDB e PT das últimas seis eleições presidenciais parece ter quebrado, relata o banco.

Sobre o Congresso, a expectativa é que haja uma renovação limitada, dado o período de campanha oficial mais curto e as regras mais rígidas de financiamento, que os analistas julgam como favorável aos candidatos tradicionais —caciques dos partidos têm mais poder para receber verba do fundo eleitoral.

O banco prevê que o Congresso continue fragmentado ideologicamente e, por isso, o próximo presidente deve ter desafios pela frente para aprovar reformas, como da Previdência, e para deixar os mercados de bens e serviços mais eficientes e competitivos.

"No geral, o principal desafio da próxima administração é fortalecer as contas fiscais e apoiar um esforço de expandir investimentos para alavancar um novo ciclo de crescimento equilibrado e socialmente inclusivo", informa o banco.​

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